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    Mesmo sem Lupi, PDT continua no governo

    Partido decidiu criar comisso para negociar espao com Dilma, aps queda do ministro do Trabalho

    Mesmo sem Lupi, PDT continua no governo (Foto: FABIO MOTTA/AGÊNCIA ESTADO)
    Gisele Federicce avatar
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    Evam Sena_247, em Brasília – A falta de apoio do PDT ao recém demitido ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi, foi escancarada mais uma vez hoje em reunião da Executiva do partido em Brasília. Os trabalhistas decidiram continuar na base do governo da presidente Dilma Rousseff e, com Lupi licenciado da presidência da legenda, cria uma comissão para negociar com o Planalto o futuro espaço do partido no governo.

    O afastamento de Lupi da interlocução com Dilma sobre a sucessão no ministério do Trabalho já havia sido pedido por dissidentes do PDT, como o deputado federal Brizola Neto (RJ), vice-presidente. “Não dá para o ex-ministro Lupi tirar o paletó de ministro, tomar banho e voltar ao Palácio como interlocutor do partido. Espero que o Lupi tenha um gesto de grandeza”, afirmou.

    A sugestão que ele apresentou foi justamente a aprovada pela Executiva pedetista. A criação de uma comissão expõe o enfraquecimento de Lupi, pois diminui as possibilidades de um aliado ao ex-ministro ser nomeado para cargo no governo. O grupo será formado pelo presidente interino, deputado federal André Figueiredo (CE), o secretário-geral, Manoel Dias (SC), os líderes do partido na Câmara, Giovanni Queiroz (PA), e no Senado, Acir Gurgacz (RO), e Brizola Neto.

    O partido está divido sobre a volta de Lupi à presidência do partido. Segundo o presidente interino, o ex-ministro reassumi o comando em janeiro, pois pediu prorrogação da licença para viajar com a família. “Ele é um nome que foi eleito e tem mandato até 2013”, disse Figueiredo. Já Brizola Neto defende que a volta de Lupi seja debatida pelo diretório nacional do partido em janeiro.

    Depois que Lupi pediu demissão do ministério do Trabalho, por envolvimento em esquemas de corrupção, o PDT não descarta perder a pasta e espera decisão de Dilma. O secretário-executivo, Paulo Roberto Pinto, assumiu o ministério hoje, interinamente, depois que Lupi pediu demissão por envolvimento em esquemas de corrupção. O novo nome deve ser oficializado em janeiro, na esteira da reforma ministerial prometida pela presidente.

    “A decisão é da presidente Dilma. Só podemos indicar nome para uma pasta ou outra se ela nos pedir. O partido reafirmou hoje que apoia, independentemente do que se colocar de espaço pra gente”, disse Brizola Neto. As possibilidades já cogitadas para o PDT na reforma política foram rechaçadas pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SP), presidente da Força Sindical, aliado de Lupi.

    “Seria um desastre um governo que se diz dos trabalhadores fazer uma coisa dessa”, argumentou Paulinho sobre a possível volta da pasta do Trabalho para a responsabilidade do Planalto. Já sobre a possibilidade de o PDT ficar com a Agricultura, com a alta cotação do ex-senador Osmar Dias (PDT-PR), o deputado federal comentou: “Não sabemos nada de mexer com terra”.

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