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Ministro da Justiça exclui do perfil ligação com ditadura militar

Ministro da Justiça, Torquato Jardim, promoveu uma "limpeza" em seu currículo para tirar a informação de que atuou nos gabinetes da ditadura militar. No perfil que consta no site do Ministério da Justiça, a carreira de Torquato só tem início a partir de 1979, quando ele começou a atuar como advogado em Brasília; antes disso, porém, ele foi assessor do então ministro da Educação de Jarbas Passarinho, no governo do general Emílio Garrastazu Médici. No período compreendido entre maio de 1972 e novembro de 1973, foi quando ocorreu o chamado "massacre do Araguaia, quando guerrilheiros contrários ao regime militar foram mortos pelo Exército; informações sobre sua atuação em estatais durante o regime militar também foram alteradas

Ministro da Justiça, Torquato Jardim (Foto: Paulo Emílio)
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247 - O ministro da Justiça, Torquato Jardim, promoveu uma "limpeza" em seu currículo para tirar a informação de que atuou nos gabinetes da ditadura militar. No perfil que consta no site do Ministério da Justiça, a carreira de Torquato só tem início a partir de 1979, quando ele começou a atuar como advogado em Brasília.

Antes disso, porém, ele foi assessor do então ministro da Educação de Jarbas Passarinho, no governo do general Emílio Garrastazu Médici. No período compreendido entre maio de 1972 e novembro de 1973, foi quando ocorreu o chamado "massacre do Araguaia, quando guerrilheiros contrários ao regime militar foram mortos pelo Exército.Na época, Torquato trabalhava junto ao Programa Nacional da Carta Escolar.

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Após se formar em Direito em 1975, ele virou professor da Universidade de Brasília e, graças ao sogro, João Leitão de Abreu, que era ministro do Gabinete Civil de Médici e que foi cotado para suceder o general na Presidência, sua carreira sofreu um grande impulso. No governo do também general Ernesto Geisel, Leitão de Abreu foi indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

Ali, Leitão de Abreu colocou o genro como seu assessor, cargo que ocupou entre 1975 e 1978. Com a ida do sogro para o Tribunal Superior Eleitoral, Torquato acabou nomeado secretário-geral da presidência do colegiado. Ele ficou no cargo entre 1979 e 1980.

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Em 1981, já com o general João Batista Figueiredo no poder; Leitão de Abreu voltou para o Gabinete Civil da Presidência e Torquato foi nomeado seu chefe de gabinete. Após a redemocratização do país, ele fez carreira como ministro do TSE, entre os anos de 1988 e 1996.

No perfil divulgado pelo ministério conta ainda uma maquiagem da passagem de Torquato pelos governos da ditadura. Ali, o texto destaca que ele foi advogado da Siderúrgica Brasileira, a Siderbrás, que era uma estatal ligada ao Ministério da Indústria e Comércio, em 1974. Em seu currículo anterior, no site do TSE, ele aparecia como tendo sido assessor da Siderbrás.

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Em outra passagem, ele havia afirmado ter sido delegado da Comissão de Empresas Transnacionais das Nações Unidas, entre 1980 e 1981. Agora, seu nome aparece como advogado da missão. Ele informa que foi advogado na comissão, quando antes havia dito que tinha sido "delegado" do governo na missão.

 

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