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Ministro das Cidades rebate Istoé; o da Agricultura ataca Veja

Mario Negromonte nega que favorea doadores de campanha do PP; Wagner Rossi tambm refuta reportagem de uma semanal

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O ministro das Cidades, Mário Negromonte, disse ter ficado "enojado" e "indignado" com as denúncias de aparelhamento político e cobrança de propina na pasta que comanda. Para Negromonte, o secretário nacional de Saneamento Ambiental, Leodegar Tiscoski, não cometeu qualquer ilegalidade, mesmo que, em algum momento, tenha acumulado função como a de tesoureiro do PP.

"Ele não era ministro, não ordenava despesas, nem efetuava pagamentos no Ministério", afirmou Negromonte ao Grupo Estado. "Se há algum questionamento ético, cabe a ele (Tiscoski) e ao partido responderem, não a mim. Até porque não foi na minha gestão". O ministro não abrirá sindicância nem mesmo processo disciplinar contra o secretário.

Deputado licenciado do PP, Negromonte também disse que o partido não cometeu ilegalidade ao receber doações de empreiteiras que realizam grandes obras na pasta. "As doações foram legais, tanto as declaradas como as ocultas, e informadas à Justiça Eleitoral" insistiu.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou no ano passado uma resolução impedindo "doações ocultas" aos partidos. Uma brecha no texto, porém, permitiu que os partidos repassassem aos candidatos recursos recebidos de grandes doadores sem identificá-los. Com a manobra, empresas ficaram protegidas e puderam contribuir com os candidatos sem ter os nomes associados diretamente a nenhum político.

Negromonte alegou que só há quatro indicados do PP ocupando cargos de primeiro escalão no ministério. Disse que apenas dois foram levados por ele: o secretário executivo, Roberto Munhoz, e o chefe de gabinete Cássio Ramos Peixoto. Os outros dois integrantes do PP - um deles é Tiscoski e o outro, o secretário de Mobilidade Urbana, Luiz Carlos Bueno - já estavam no Ministério das Cidades desde o governo Lula. "Os mais de cem cargos de confiança da pasta estão nas mãos de técnicos de carreira, sem vínculos partidários", disse Negromonte.

O ministro afirmou que está pronto a dar esclarecimentos à presidente Dilma Rousseff, caso ela solicite. Garantiu, ainda, que fará novo "pente fino" nas obras citadas pela revista Isto É para verificar se houve ilegalidade nos pagamentos efetuados às empreiteiras ou afronta a determinações do TCU. "Pelo que vi até agora são ilações e mentiras", comentou.

Agricultura

Em nota oficial, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, também rebateu as denúncias do ex-diretor da Conab, Oscar Jucá Neto, publicadas na revista Veja. "Nenhum acordo extrajudicial foi fechado durante minha gestão com qualquer empresa privada", escreveu. Ele negou, ainda, que o terreno de R$ 8 milhões tenha sido vendido abaixo do valor de mercado.

Sobre a decisão judicial que beneficia a Caramuru Alimentos, Rossi afirmou que transitou em julgado, em abril deste ano. "Os cálculos foram determinados pela Justiça e não pela Conab. Portanto, o pagamento a ser feito respeitará a determinação do juiz, e não aquilo que um diretor da Conab, qualquer que seja ele, acredite ser possível fazer", concluiu.

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