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MP no TCU quer saber se Bolsonaro tem usado Abin e GSI para fins pessoais

Para o subprocurador-geral Lucas Furtado, se constatado o uso da estrutura do Estado em benefício de Flávio Bolsonaro, pode caracterizar eventual crime de responsabilidade, "por atentar contra a segurança interna do país e a probidade na Administração Pública"

Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Correa/PR | Reprodução)
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Fernanda Valente, Conjur - O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pediu que a corte apure se o presidente Jair Bolsonaro tem usado a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para atender interesses particulares.

A base da representação por desvio de finalidade é um editorial do jornal O Estado de S. Paulo. A publicação narra um encontro do presidente com integrantes dos órgãos, fora da agenda oficial, para tratar da suspeita de que o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, foi alvo de uma investigação ilegal por fiscais da Receita Federal. 

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O encontro foi relevado na última sexta-feira pela Época. Conforme também noticiado pela ConJur, as advogadas do senador, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, se reuniram com o chefe do GSI, general Augusto Heleno, sob intermediação do presidente. 

"É difícil crer que autoridades do primeiro escalão da administração federal das áreas de inteligência e segurança institucional possam estar encarregadas de receber denúncias da natureza das que ora se cogita, relacionadas a ilícitos tributários e respectivas investigações", afirma o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, que assina o pedido de apuração enviado ao TCU nesta quarta-feira (28/10).

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De acordo com o subprocurador, os fatos noticiados sugerem o uso do cargo público para interferir na atuação de órgãos oficiais, "motivado supostamente por interesses político-pessoais, podendo caracterizar eventual crime de responsabilidade, por atentar contra a segurança interna do país e a probidade na Administração Pública".

O subprocurador diz ainda que os supostos atos irregulares praticados com desvio de finalidade podem influenciar no julgamento das contas do Presidente da República.

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Na última sexta, Furtado já havia pedido ao TCU que determine que o GSI, a Abin, a Receita Federal e o Serpro suspendam atividades para obtenção de elementos de defesa para Flávio. Nessa representação, o subprocurador pede que seja enviada remessa do processo ao Ministério Público Federal, por suposto crimes de advocacia administrativa e tráfico de influência.

Vale lembrar que tramita no Supremo Tribunal Federal inquérito que investiga as declarações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro sobre possível interferência de Bolsonaro na Polícia Federal.

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