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Múcio já fala como integrante do governo Lula e diz que ataques golpistas não serão perdoados

Ministro da Defesa recebeu telefonema do presidente às 6h40, com ordem expressa para impedir posse do operador de Bolsonaro no comando de batalhão perto de Brasília

José Múcio e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)
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247 - Um dia depois da troca de comando do Exército, o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou neste domingo (22) à Folha que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não abre mão da punição dos responsáveis pela invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, ocorrida no dia 8.

"Lula não vai perdoar ataques golpistas. Investigações vão até o fim", afirmou Múcio.

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Ao falar dos motivos que levaram à demissão do ex-comandante do Exército, Júlio César de Arruda, Múcio afirmou ter havido quebra de confiança.

"Acabou o clima de confiança e resolvemos mudar o comando", declarou. Foi escolhido para o posto do atual comandante militar do Sudeste (responsável por São Paulo), general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva.

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Aliados de Lula afirmam que os ataques às sedes dos Três Poderes ofereceram-lhe a oportunidade — talvez única— de reforçar a autoridade sobre as Forças Armadas em meio a um clima de desconfiança e hostilidade mútuas.

Para esses interlocutores, a omissão de militares diante das depredações de 8 de janeiro e as investigações contra o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, constrangem os bolsonaristas dentro dos quartéis, criando o ambiente propício para que Lula tente debelar a oposição no generalato.

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A relutância do então comandante do Exército em reverter a nomeação do ex-ajudante de ordens Bolsonaro para o comando de um batalhão, mesmo sob investigação, permitiu que Lula revisse a escolha do próprio general.

Na manhã de sábado (21), por volta das 6h40m, Lula telefonou para Múcio solicitando que não fosse concretizada a nomeação de Cid para o comando de um batalhão vizinho a Brasília.

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Após ouvir reiteradas queixas de Lula, Múcio disse, segundo relatos, que colocaria um ponto final no problema. O ministro da Defesa telefonou, então, para Arruda para informá-lo da exoneração. Ainda segundo esses relatos, o general avisou que convocaria o Estado-Maior, o que ocorreu horas depois.

A convocação do generalato foi recebida por assessores palacianos como uma tentativa de Arruda de buscar apoio entre seus pares, o que não aconteceu.

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247 - Um dia depois da troca de comando do Exército, o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou neste domingo (22) à Folha que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não abre mão da punição dos responsáveis pela invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, ocorrida no dia 8.

"Lula não vai perdoar ataques golpistas. Investigações vão até o fim", afirmou Múcio.

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Ao falar dos motivos que levaram à demissão do ex-comandante do Exército, Júlio César de Arruda, Múcio afirmou ter havido quebra de confiança.

"Acabou o clima de confiança e resolvemos mudar o comando", declarou. Foi escolhido para o posto do atual comandante militar do Sudeste (responsável por São Paulo), general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva.

Aliados de Lula afirmam que os ataques às sedes dos Três Poderes ofereceram-lhe a oportunidade — talvez única— de reforçar a autoridade sobre as Forças Armadas em meio a um clima de desconfiança e hostilidade mútuas.

Para esses interlocutores, a omissão de militares diante das depredações de 8 de janeiro e as investigações contra o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, constrangem os bolsonaristas dentro dos quartéis, criando o ambiente propício para que Lula tente debelar a oposição no generalato.

A relutância do então comandante do Exército em reverter a nomeação do ex-ajudante de ordens Bolsonaro para o comando de um batalhão, mesmo sob investigação, permitiu que Lula revisse a escolha do próprio general.

Na manhã de sábado (21), por volta das 6h40m, Lula telefonou para Múcio solicitando que não fosse concretizada a nomeação de Cid para o comando de um batalhão vizinho a Brasília.

Após ouvir reiteradas queixas de Lula, Múcio disse, segundo relatos, que colocaria um ponto final no problema. O ministro da Defesa telefonou, então, para Arruda para informá-lo da exoneração. Ainda segundo esses relatos, o general avisou que convocaria o Estado-Maior, o que ocorreu horas depois.

A convocação do generalato foi recebida por assessores palacianos como uma tentativa de Arruda de buscar apoio entre seus pares, o que não aconteceu.

O general demitido já teria dado demonstração de indisciplina no dia 8 de janeiro, quando teria peitado o ministro da Justiça, Flávio Dino, para tentar impedir que os ônibus que transportaram terroristas a Brasília fossem apreendidos.

Ele também colocou o dedo na cara do interventor da Segurança Pública no Distrito Federal, Ricardo Capelli, que queria cumprir prender terroristas bolsonaristas que se encontravam em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília.

A prisão e a desocupação só ocorreram na manhã seguinte. O então comandante do Exército chegou a sugerir um confronto com a Polícia Militar, ao dizer ao comandante desta que tinha uma tropa maior.

 

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