Não, Reinaldo, Ricardo Sérgio não é um cara legal
Sem citar A privataria tucana, Reinaldo Azevedo sai em defesa do PSDB e fala em novo dossi Cayman... o pior cego o que no quer ver
247 – Diz o dito popular que o pior cego é aquele que não quer ver. Sarcástico, Nelson Rodrigues dizia que o pior cego é aquele que quer ver. Fã de José Serra, o blogueiro Reinaldo Azevedo saiu hoje em defesa do PSDB, sem citar o livro “A privataria tucana”, que, segundo ele, seria um novo “dossiê Cayman”. Diante disso, a dúvida: Reinaldo é aquele cego que não quer ver as ligações de Serra com as esquisitices da privatização ou é o cego que quer ver em Ricardo Sérgio, o grande operador da era tucana, um cara legal. Não, Reinaldo, Ricardo Sérgio e Gregório Marin Preciado não são homens de bem; são pessoas de bens. Leia, abaixo, a coluna de Reinaldo sobre o livro de Amaury Ribeiro Júnior:
LEMBREM-SE DO “DOSSIÊ CAYMAN”. BANDIDAGEM VOLTA A AGIR!
Os mais jovens não se lembram. Já lá se vão 13 anos!!! É, leitor! 13 anos!!! Leiam o que informou a Folha há apenas 10 dias. Volto depois:
Justiça condena pastor por dossiê contra PSDB em 98
A Justiça Eleitoral condenou o pastor evangélico Caio Fábio D’Araújo Filho a quatro anos de prisão por seu envolvimento no chamado “dossiê Cayman”, informa reportagem de José Ernesto Credencio, publicada na Folha desta terça-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha). O conjunto de papéis comprovadamente falso surgiu como tentativa de incriminar a cúpula do PSDB na campanha de 1998. Caio Fábio, o único condenado pelo episódio até agora, foi considerado responsável por elaborar e divulgar o dossiê, incorrendo em crime de calúnia, agravado por ter envolvido o então presidente da, Fernando Henrique Cardoso. Ele pode recorrer. A sentença, da juíza de primeira instância Léa Maria Barreiros Duarte, é baseada em uma investigação da qual participou também o FBI, a polícia federal norte-americana.
Voltei
Quem teve, como tive, acesso a parte daqueles documentos ficava realmente impressionado com a “riqueza” de detalhes. Deve haver algum mecanismo psíquico nos profissionais da malandragem que os obriga a cuidar dos… detalhes! O tal dossiê acusava toda a cúpula tucana — FHC, Mário Covas, José Serra, Sérgio Motta, entre outros — de manter uma conta no exterior. Durante anos — ATENÇÃO, ANOS!!! —, a imprensa falava em “possível dossiê”, “suposto dossiê”, “um dossiê”, mas nunca “falso dossiê”, mesmo depois de as pegadas da bandidagem serem mais do que evidentes.
Finalmente, comprovou-se, sem margem para erro, tratar-se de uma armação da pesada. Mesmo na imprensa séria, alguns jornalistas “investigativos” decidiram ser especialistas no assunto. E tudo não passava de uma fantasia, de uma conspiração mesmo, para incriminar adversários políticos.
A história tem seus lances de impressionante cinismo. Tentaram, sim, vender o papelório para o PT. O partido não comprou — afinal, em matéria de “dossiês falsos”, não precisa recorrer a terceiros. Não comprou, mas pôs os olhos na papelada, avaliou a possibilidade. Mesmo não estando, no caso de Cayman, na origem do crime, tornou-se depois um seu divulgador informal. Nos bastidores, eram muitos os petistas que asseguravam aos jornalistas que era, sim, tudo verdade.
A vantagem dos criminosos sobre as pessoas decentes é esta: eles não têm nada a perder.
A mesma quadrilha de subjornalistas que deu apoio aos mensaleiros, aos aloprados, os fazedores de dossiês em período eleitoral — a, em suma, ladrões de dinheiro público — volta a atacar. Há dias, ficamos sabendo que “eles” iriam contratar um grupo de pessoas para patrulhar a rede. Eis aí.
Bem, dizer o quê? Trata-se de um assunto de POLÍCIA, NÃO DE POLÍTICA.
O que se espera é que a Justiça não demore outros 13 anos para punir vigaristas.
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