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No Recife, Aécio retoma projeto de nacionalização

Presidenciável tucano desembarca, nesta sexta, na capital pernambucana para prestigiar a abertura do Congresso Nacional PSDB Mulher e, sobretudo, para retomar o projeto de nacionalização de sua imagem; parlamentar deseja se fazer mais presente no Nordeste, aproximando-se de discussões mais locais, como o combate à seca

No Recife, Aécio retoma projeto de nacionalização (Foto: DIVULGAÇÃO)

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Gilberto Prazeres _PE247- Um dia após o presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE), ungi-lo, em evento público, como candidato natural do partido ao Palácio do Planalto, em 2014, o senador Aécio Neves (MG) aporta no Recife com missão, digamos, de presidenciável. Sob o pretexto de prestigiar a abertura do Congresso Nacional PSDB Mulher, o parlamentar mineiro parece retomar o seu projeto – interrompido no final do ano passado - de percorrer o País com o objetivo de nacionalizar a sua imagem. Caciques tucanos, baseados em pesquisas de intenção de voto,  entendem que o correligionário precisa lutar contra a supremacia do PT nas regiões Norte e Nordeste se fazendo mais presente, aproximando-se de discussões mais locais, como o combate à seca, por exemplo.

Em 2011, Aécio Neves até ensaiou um périplo nordestino, com visitas a alguns Estados da região. Entretanto, acabou desmarcando eventos partidários sem maiores explicações. Em Pernambuco, o senador havia se comprometido a prestigiar uma festa para o lançamento das pré-candidaturas tucanas às principais cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR), mas acabou preferindo marcar presença no casamento de um dos filhos do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), na capital paulistana. A decisão incomodou bastante os correligionários pernambucanos do mineiro.

Contudo, antes de participar do evento de sua legenda, Aécio tem encontro com outro potencial presidenciável, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, no Palácio das Princesas. Na ocasião, o mineiro estará acompanhado do deputado Sérgio Guerra.

Curiosamente, após a eleição presidencial de 2010, com a vitória da presidente Dilma Rousseff (PT), as especulações em torno de uma provável aliança entre PSDB e PSB, com vistas ao Palácio do Planalto em 2014, davam conta de que Aécio e Eduardo poderiam compor uma chapa em oposição à petista, com o pernambucano inicialmente na condição de vice. Quadro que foi, aos poucos, se desconstruindo com a ascensão nacional do socialista e a frustrante atuação do tucano no Senado.

Liderando os governadores dos Estados do Nordeste na discussão sobre a partilha dos royalties da Câmara Pré-sal e com sua forte influência sobre o PSD, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, Eduardo Campos projetou uma imagem de líder nacional e deu indicativos de que pavimenta um projeto presidencial a um prazo um pouco mais longo do que o de Aécio Neves. O próprio ex-presidente Lula já declarou que o socialista é potencial candidato à Presidência da República em 2018, com um possível apoio do PT.

No entanto, como daqui até 2018 o caminho é longo demais, Aécio Neves vai tentando se manter próximo ao provável futuro aliado, esperando que o quadro sucessório de 2014 se azeite mais.

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