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O custo da grande ponte: na China, R$ 2,4 bi; aqui, R$ 16,8 bi

Epicentro do maior escndalo de corrupo do governo Dilma, o Ministrio dos Transportes do demitido Alfredo Nascimento construir ponte de 2,9 km sobre o rio Guaba; pela tabela de preos, a maior ponte do mundo, com 42 km, na China (foto), custaria sete vezes mais do que custou

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247 _ A China mostrou ao mundo, na semana passada, seu mais novo prodígio de engenharia. Com 42 quilômetros de extensão sobre a baía de Jiaodhou, a ponte foi construída em quatro anos, a um custo equivalente a R$ 57 milhões por quilômetro. O preço final foi de R$ 2,4 bilhões. Praticamente no mesmo momento em que o governo chinês exibia seu feito, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) escolheu o projeto da nova ponte sobre o rio Guaíba, em Porto Alegre. A ponte, ali, terá 2,9 quilômetros de extensão, ou catorze vezes menos do que a ponte chinesa. Apesar desse fato, levará os mesmos quatro anos para ser construída e consumirá dos cofres públicos R$ 400 milhões por quilômetro, a julgar pelo preço final de R$ 1,16 bilhão da obra.

Intrigado, o matemático gaúcho Gilberto Flach fez as contas certas e apontou, em reportagem do jornal Zero Hora, que a ponte chinesa, se estivesse no Brasil – e pelos critérios usados pelo Ministério dos Transportes do demissionário Alfredo Nascimento --, custaria R$ 16,8 bi. Ou sete vezes mais do que custou na China.

Os números apurados pelo matemático Flach informam que, se o Guaíba ficasse na China, a obra seria concluída em 102 dias, ao preço de R$ 170 milhões. Mas se a baía de Jiadhou ficasse no Brasil, a ponte não teria prazo para terminar e, com certeza, em razão dos aditamentos tão comuns nos procedimentos do Ministério dos Transportes, estouraria o orçamento inicial de R$ 16,8 bi.

 

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