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O delator Durval volta a assombrar Brasília

Ameaas de morte, um secretrio de Segurana demitido hoje e a suspeita de que novas fitas podemabalar o governador do DF, Agnelo Queiroz (dir.). A crise deflagrada pelo delegado Durval (esq.), que deve cassar Jacqueline Roriz, no acabou

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Rodolfo Borges_247, de Brasília – O pedido de demissão do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, delegado Daniel Lorenz, revelou o que o meio político da cidade já vem remoendo desde o início do ano: a crise deflagrada pela Operação Caixa de Pandora ainda não terminou - e parece longe do fim. Lorenz deixou o cargo alegando falta de condições políticas para trabalhar, e apenas três meses depois de tomar posse. A saída do secretário, que vinha sendo bem avaliado, é sinal de que as coisas continuam ruins em Brasília. Os políticos locais permanecem assombrados pela possibilidade de novas denúncias do ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa e a política brasiliense, envolta em ameaças e chantagens.

Aposentado pela Polícia Federal, Lorenz entregou sua carta de demissão ao governador Agnelo Queiroz na tarde de segunda-feira. Com amigos, comentou que queria desenvolver um trabalho técnico, mas sofria com ingerências políticas. A assessoria da Secretaria de Segurança informou que Lorenz pediu demissão porque, ao tomar posse, firmou um compromisso com o governo para que a pasta não sofresse interferência política.

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Lorenz não foi a primeira baixa do governo. O primeiro secretário de Desenvolvimento Econômico do governo, Moacir Vieira, não passou de março, quando pediu exoneração alegando “motivos pessoais”. Também caíram no início do governo Agnelo os administradores regionais do Núcleo Bandeirante e do SIA – como os administradores são indicados pelo governador, em vez de eleitos pelos moradores, as escolhas políticas tendem a desagradar a população.

Não bastassem os desentendimentos dentro do próprio governo, os políticos da capital ainda vivem clima de apreensão diante das investigações do mensalão do DEM, que teve como última vítima a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) – até o deputado distrital Chico Leite, do PT, foi envolvido nominalmente no esquema pelo ex-governador José Roberto Arruda. O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara aprovou nesta terça-feira um convite para o delator do esquema prestar depoimento sobre o caso Jaqueline Roriz, filmada recebendo dinheiro de Durval Barbosa.

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Durval vem recebendo ameaças de morte para não se manifestar mais sobre o caso e, como decorrência, ganhou o direito de andar de carro blindado e escolta da Polícia Federal. Depois do surgimento das gravações contra Jaqueline, o delator do esquema garantiu ao Ministério Público Federal que não tem mais material a divulgar. Ou seja, se aparecer material novo, Durval corre o risco de perder a delação premiada e jogar os benefícios conseguidos na Justiça. Mas, na política de Brasília, quem deve teme.

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