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Poder

O não-Midas

Palocci caiu porque as negaças, tergiversações e contradições já lhe haviam tirado a força política de que necessitava para comandar a República

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O ex-presidente Lula perdeu inteiramente a noção dos princípios: “o tema Antônio Palocci é questão pessoal do governo”. Ou seja, agora mais do que nunca, confunde o público com o particular, como sempre fez ao longo de seu mandarinato.

Palocci não é “tema”, mas escândalo, envolvendo o “milagre” da multiplicação do patrimônio por 20 ou 30 vezes, em apenas quatro anos. Caiu porque as negaças, tergiversações e contradições já lhe haviam tirado a força política de que necessitava para comandar a República.

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Pouco importa se o Procurador-Geral da República optou por arquivar o pedido de investigação. A sociedade derrubou Palocci, que perdera a condição de dar pitos no PMDB de Eduardo Cunha, no PP, no PR, no PT. Desabou o homem de dupla personalidade, que tinha a correta ambição de ser anteparo à fisiologia, contudo cedeu às facilidades do tráfico de influência.

Há dias que já combinara com Dilma os termos da demissão. Como o parecer do MPF não convenceu ninguém, teve de sair. Já estava demissionário, diante de uma presidente que o preferia demissionário.

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Volto a Lula, que se está liquefazendo conceitualmente. Eleitoralmente, ainda não tenho como medir. É visível, porém, a vulgarização do “mito” e suas estranhas palestras a empreiteiras que trabalham para o governo por ele tutelado. As pessoas já percebem que sua opção foi juntar-se ao que há de pior na política do País.

No período da lua de mel, tudo valia. Os transgressores seriais eram “abençoados” e “anistiados” por “São” Lula.

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O quadro atual é outro e Lula não percebe. Não conseguiu a “mágica” de “salvar” Palocci. Perdeu o poder de “reabilitar” quem delinque.

É visto, por amplos setores da imprensa e da sociedade, como alguém que estaria comprometendo a imagem de Dilma Rousseff: exagerado, narcisista, quer poder mais que o poder constituído pelo voto.

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Os cinco meses da presidente estão manchados por diversos pequenos escândalos e pela mega trapalhada que levou de roldão o cérebro do governo. E estão manchados igualmente por sua falta de autoridade. Submissa, apequena-se. Os restantes 43 meses poderão escrever a anti-História, se forem ouvidos os “conselhos” de Lula sobre loteamento de cargos e aparelhamento da máquina pública.

Antes, passava a mão sobre a cabeça de celerados de estimação e não sofria um arranhão de imagem sequer. Como se, ao invés de homem, fosse espécie de delegacia ou repartição do “nada consta”: falcatrueiros saíam de audiências ou palanques com ares “santificados”, “beatificados”, diante de um povo que parecia ter tomado calmante nas veias.

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Virou agora o aliado incômodo, que atrapalha, minimiza a presidente e contribui para oligarquizar, ainda mais, a política brasileira.

Virou o não-Midas.

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*Diplomata, foi líder do PSDB no Senado

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