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Obama quer etanol do Brasil

O temor dos EUA de ficar sem petrleo devido crise no Oriente Mdio pode favorecer o etanol brasileiro. Obama discutir o assunto em sua visita ao Pas

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O assunto é recorrente, mas há outro estímulo para que o etanol brasileiro receba um tratamento mais amistoso nos Estados Unidos. Até hoje, o combustível brasileiro sofre com uma forte taxação para não prejudicar as vendas dos produtores locais de etanol à base de milho, muito mais caro do que o similar brasileiro. A crise no Oriente Médio poderá dar impulso aos entendimentos entre Brasil e EUA na área de energia. “A tendência de alta do petróleo cria oportunidade para maior discussão sobre energias renováveis”, avalia o diretor executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Fernandes. Pela mesma razão, deverá crescer o interesse dos americanos na exploração do pré sal. Energia é o tema de um dos painéis da reunião que será promovida pela CNI e pela Câmara de Comércio dos EUA no próximo sábado, durante visita do presidente dos EUA, Barack Obama, a Brasília. Também serão discutidas oportunidades de parceria na área de infraestrutura, principalmente na Copa do Mundo e na Olimpíada. Obama deverá fazer o discurso de encerramento dessa reunião, da qual deverão participar cerca de 500 pessoas.

Paralelamente, será realizado o Fórum de CEOs dos dois países. Esse, porém, é um encontro mais restrito, do qual participarão uma dezena de empresários de cada lado, além de representantes dos governos. No campo das energias renováveis, a aliança entre Brasil e EUA em torno do etanol sofreu recentemente um revés. Havia expectativa, do lado brasileiro, que na virada do ano fosse eliminada a sobretaxa de US$ 0,54 por galão cobrada sobre o etanol que ingressa naquele país. A legislação previa que ela seria cobrada até o dia 31 de dezembro de 2010. No entanto, o Congresso americano renovou a penalidade aplicada sobre o produto importado.

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Fernandes acredita que, com a crise no Oriente Médio, a discussão ganhará novo fôlego. “Há oportunidade tanto na eliminação de tarifas quanto no aumento da participação do etanol em misturas”, avalia. Diante dos conflitos naquela região, o pré-sal também ganha nova importância estratégica, acredita. “O Brasil passará a ser um dos maiores produtores do mundo e está numa região segura”, diz. Nesse campo, os negócios entre os dois países vão de vento em popa, a ponto de já haver voo direto entre o Rio de Janeiro e a cidade de Houston, onde estão sediadas grandes empresas petrolíferas americanas.

Fernandes observou que a Petrobras trabalha em rede, ou seja, utiliza um conjunto de empresas associadas para explorar petróleo. Ele acredita que os EUA terão interesse em manter contratos de longo prazo com a estatal brasileira. O segundo painel da reunião tratará das oportunidades de investimento em infraestrutura, tendo em vista a realização da Copa e da Olimpíada. Fernandes observa que a GE e a IBM, por exemplo, já criaram centros de pesquisa e desenvolvimento no Brasil, ambos no Rio de Janeiro. O objetivo é atuar na exploração de petróleo e gás, mineração e na gestão de grandes eventos.

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Empresários dos dois países deverão discutir ainda um tema que está há mais de uma década na agenda: a necessidade de um acordo para evitar a bitributação de empresas que atuem em ambos os países. Na avaliação de Fernandes, um desafio que se coloca a Obama e à presidente Dilma Rousseff é concordar com um método de discussão que leve à resolução do problema. Empresários dos dois países também deverão discutir temas da agenda multilateral, como as negociações da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) e as medidas para aumentar a segurança no mercado financeiro em discussão no G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo). “Até pela mudança do papel do Brasil no mundo, o diálogo assume importância maior” diz Fernandes.

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