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Poder

Orlando Silva se diz vítima de "tribunal de exceção"

Enquanto ministro do Esporte se explicava na Cmara, acusador contava detalhes de sua denncia sobre esquema de corrupo no Esporte; "Estarrecedor", disse ACM Neto; Silva se recusou a assinar requerimento pedindo CPI

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247 – O ministro do Esporte fala há três horas na reunião da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara convocada para que ele prestasse suas explicações sobre as denúncias de corrupção no Programa Segundo Tempo. Orlando Silva iniciou sua defesa enaltecendo as atividades realizadas pelo governo e disse que foi vítima de um tribunal de exceção. Silva se referiu à reportagem publicada na última edição da revista Veja como "uma narrativa falsa" e à fonte que denunciou o esquema "um criminoso, uma fonte bandida". Ao dizer que as acusações não se baseiam em provas concretas, o ministro foi aplaudido.

Enquanto o ministro prestava suas explicações, parlamentares da oposição se reuniam com o policial militar João Dias Ferreira, acusador de Orlando Silva e ex-militante de seu partido, o PCdoB. “O depoimento de João Dias é absolutamente estarrecedor”, disse o deputado ACM Neto, líder do DEM, ao se manifestar na reunião convocada para as explicações de Orlando Silva. "Ele (João Dias) traz informações que não constam da imprensa e demonstra a existência de provas materiais inegáveis", disse o deputado. "Acho difícil que ele possa refutá-las", acrescentou.

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Segundo o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira, a oposição não fará qualquer pergunta ao ministro Orlando Silva nesta terça-feira, porque quer, antes, ouvir o acusador do ministro do Esporte. Ele propôs requerimento, inclusive, para que o policial militar seja ouvido pela Câmara já nesta quarta-feira. Segundo ele, João Dias Ferreira já teria se comprometido em comparecer.

CPI

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Orlando Silva se recusou a assinar um documento proposto pelo deputado Vaz de Lima (PSDB-SP) no qual o ministro pediria aos líderes do governo para apoiar a realização de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as fraudes denunciadas em sua pasta. Ele justificou a recusa dizendo não poder interferir no poder Legislativo.

"Sou ministro de Estado, faço parte do poder Executivo, distinto do Legislativo. Seria demasiado eu, como membro de outro poder, tomar uma atitude que constranja, que interfira no Legislativo. Não cabe a outro poder se imiscuir em tema do próprio Legislativo", disse o ministro.

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Durante sua defesa, Orlando Silva lembrou aos presentes que solicitou a abertura de um inquérito para a investigação do caso na Polícia Federal. O ministro encerrou o discurso destacando a história do PCdoB, "um partido que sempre teve lado e que não se dobrou nos momentos mais duros". Segundo ele, a denúncia de um esquema para favorecimento de seu partido é "uma afronta à democracia".

O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), que também é delegado, causou alvoroço ao dizer, em sua intervenção, que não vê culpa nos olhos do ministro. "Tenho experiência em interrogar bandidos. Experiência de saber, de bater o olho e saber quem está envolvido, e não vejo isso no senhor", disse o deputado.

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Em sua intervenção, o deputado Silvio Costa (PTB-PE) disse que a revista Veja publicou uma informação errada ao dizer que o ministro recebeu dinheiro na garagem do Ministério. O parlamentar provocou os deputados que falaram em CPI para o Esporte e motivou risadas ao dizer que “(o governador de São Paulo, Geraldo) Alckmin corre da CPI como o (senador) Aécio corre do (ex-governador José) Serra”.

O deputado Paulo Teixeira, líder do PT na Câmara, utilizou todos seus cinco minutos de intervenção para elogiar o ministro. 'Quando li a reportagem da revista Veja nesta semana, imediatamente me uni ao seu sofrimento", disse, acrescentando que a matéria confronta a Constituição, no que diz respeito à presunção da inocência. O líder do PT destacou o grau de conflito que permeia a realização da Copa e questionou retoricamente que interesses se articulam para atingir Orlando Silva.

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O deputado André Figueiredo, líder do PDT na Câmara, se disse amigo de Orlando Silva desde a época de UNE e apelou às revistas do Brasil que tenham mais responsabilidade na publicação de notícias. O deputado aproveitou para reclamar do tratamento que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, de seu partido, tem recebido da imprensa.

Oposição

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O clima foi de festa na liderança do PSDB no Senado quando chegou o homem bomba do Ministério do Esporte, por volta das 15h. Os líderes de PSDB, DEM e PPS, que chegaram ao local estampando largos sorrisos no rosto, conversaram a portas fechadas com o policial João Dias, ex-militante do PCdoB que denunciou a participação do ministro Orlando Silva em esquema de desvio de R$ 40 milhões do programa Segundo Tempo.

Orlando Silva é acusado pelo policial João Dias Ferreira, ex-militante do PCdoB e presidente de duas ONGs que tinham contrato com o ministério, de chefiar um esquema de corrupção com cobrança de propina das instituições que recebiam verbas do programa. Juntas, a Associação João Dias de Kung Fu e a Federação Brasiliense de King Fu, presididas por João Dias, receberam R$ 2,7 milhões em convênios entre 2005 e 2011.

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