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Poder

Os vampiros de Curitiba

Governo, no Paraná, virou sinônimo de empresa familiar com o clã dos Richa

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Terra de gente culta, letrada e muito bem educada, o Paraná merecia sorte melhor na política. Tome-se o exemplo do Palácio do Iguaçu. O governador Beto Richa tem uma carinha boa, jeitão de tucano moderno, mas comporta-se como um autêntico senhor feudal. Qualificar como nepotismo o que ele tem feito na Terra das Araucárias é até pouco. Na prática, Beto está entregando 80% das verbas do Estado ao irmão, José Richa Filho, conhecido como Pepe, e à esposa, Fernanda.

Dias atrás, ele criou duas ­supersecretarias: a de Infraestrutura Logística, que funde a de Obras Públicas com a de Transporte, e a da Família e do Desenvolvimento Social. A primeira, que ­administra todas as obras do PAC no Estado e cuida também do porto de ­Paranaguá, foi entregue ao irmão. A ­segunda, que terá verbas do Bolsa Família e do Brasil Sem ­Miséria, caiu na mão da esposa. Será que não existem quadros ­qualificados no Paraná fora da família Richa? Nenhum engenheiro? Nenhuma assistente social? Nenhum administrador?

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E o pior é que a prática feudal não foi inventada por ele. O ­antecessor no cargo, Roberto ­Requião, também havia nomeado o irmão, Eduardo, para o comando do porto, alegando que ninguém, no mundo, entendia tanto do assunto como ele. Mas Beto foi eleito para romper justamente com o estilo patrimonialista – “o Estado sou eu” – de Requião.

E repetiu os mesmos vícios, que, no Sul Maravilha, dizem ser do Maranhão, do Piauí...

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Os vampiros curitibanos de Dalton Trevisan eram obcecados por sexo. Devoravam virgens, velhinhas, freiras, viúvas, senhoras respeitáveis da sociedade e prostitutas. Os vampiros modernos do Paraná são obcecados por cargos públicos. Querem açambarcar tudo: cada centavo, cada secretaria, cada túnel, cada ponte.

Nelsinho, personagem do livro de Dalton Trevisan, dizia: “Tem piedade, Senhor, são tantas, eu tão sozinho.” O que dirão os vampiros do poder paranaense? “Tem piedade, Senhor, são tantos cargos, e eu tão pobrezinho”? Pobre Paraná.

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