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Padilha e Moreira Franco cobraram propina para irrigar campanha do PMDB

As delações de Marcelo Odebrecht e do resto da cúpula da empreiteira atingem diretamente os dois homens fortes do governo de Michel Temer: os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), acusador de cobrar propina para irrigar as campanhas eleitorais do PMDB; a dupla consta nos inquéritos abertos pelo ministro Edson Fachin a pedido da Procuradoria-Geral da República; os indícios são de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e corrupção ativa; de acordo com o Ministério Público Federal, “há fortes elementos que indicam a prática de crimes graves”, por conta da “solicitação por Eliseu Padilha e Moreira Franco de recursos ilícitos em nome do PMDB e de Michel Temer, a pretexto de campanhas eleitorais”

Moreira franco, Temer, eliseu padilha (Foto: Giuliana Miranda)
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247 - As delações feitas por Marcelo Odebrecht e outros cinco colaboradores que constam nos inquéritos abertos pelo ministro Edson Fachin a pedido da Procuradoria-Geral da República atingem diretamente dois homens fortes do governo Michel Temer: os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), acusados de cobrar propina para irrigar as campanhas eleitorais do PMDB.

As informações são de reportagem de Breno Pires, André Borges e Fabio Serapião no Estado de S.Paulo.

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"Os indícios são de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e corrupção ativa. De acordo com o Ministério Público Federal, “há fortes elementos que indicam a prática de crimes graves”, por conta da “solicitação por Eliseu Padilha e Moreira Franco de recursos ilícitos em nome do PMDB e de Michel Temer, a pretexto de campanhas eleitorais”.

Além de Marcelo Odebrecht, o inquérito se baseia nas declarações prestadas pelos ex-executivos José de Carvalho Filho (ex-funcionário da Diretoria de Relações Institucionais), Cláudio Melo Filho (Relações Institucionais), Benedito Júnior (ex-presidente de Infraestura), Hilberto Mascarenhas (ex-chefe do Setor de Operações Estruturadas) e Paulo Cesena (ex-presidente da Odebrecht Transport).

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A cobrança de propinas envolveu, segundo os delatores, os processos de concessão dos aeroportos. Moreira Franco era ministro da extinta Secretaria de Aviação Civil, hoje vinculada ao Ministério dos Transportes.

Em seu depoimento, o delator Paulo Cesena afirmou que, no lançamento do edital da segunda rodada de concessões aeroportuárias, a Odebrecht tinha sinalizado interesse na manutenção de cláusulas que aumentariam suas chances na disputa. Uma reunião com o Moreira Franco foi realizada para acertar que as cláusulas fossem mantidas.

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Segundo o Ministério Público, os termos do acordo eram de que Moreira Franco, a pretexto da campanha eleitoral de 2014, teria solicitado o valor de R$ 4 milhões e que o grupo teria feito o repasse, informação que foi confirmada por outro delator, Benedicto Barbosa da Silva.
Os delatores afirmaram que o pagamento foi realizado por Paulo Henrique Quaresma ao ministro Eliseu Padilha, que foi indicado por Moreira Franco para receber os recursos. Os documentos apresentados pelo colaboradores incluem planilhas do sistema “Drousys” que apontam pagamento a pessoa de apelido “Primo”, em localidades que correspondem ao escritório de Eliseu Padilha.

Outros repasses foram mencionados pelos delatores. Cláudio Melo Filho detalhou que, no dia 28 de maio de 2014, um jantar reuniu Marcelo Odebrecht, Eliseu Padilha e Michel Temer, no Palácio do Jaburu. Nesse encontro, teria sido pedido, a pretexto da campanha eleitoral de 2014, o repasse de R$ 10 milhões. Marcelo Odebrecht confirmou o pedido e declarou  que R$ 6 milhões seriam destinados a Paulo Skaf e outros R$ 4 milhões a Eliseu Padilha."

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