Para bancada do PT, PSDB vestiu a camisa do golpismo
Em nota assinada pelo líder da bancada na Câmara, deputado Sibá Machado, petistas repudiam "manobras flagrantemente golpistas conduzidas pela oposição, com o PSDB à frente" e diz que o partido "assumiu de vez, e sem qualquer pudor, a camisa do golpismo, sob liderança do seu presidente, o senador Aécio Neves, derrotado nas eleições de 2014"
247 - A bancada do PT na Câmara divulgou uma nota contra o que chama de "manobras flagrantemente golpistas conduzidas pela oposição, com o PSDB à frente". No texto, os deputados afirmam que o partido "assumiu de vez, e sem qualquer pudor, a camisa do golpismo, sob liderança do seu presidente, o senador Aécio Neves, derrotado nas eleições de 2014".
O texto, assinado pelo líder Sibá Machado, destaca que Aécio está "cada vez mais abraçado à tese do golpe de Estado, buscado por meio de manobras jurídicas e com o apoio de parcela expressiva da mídia comercial". "Se o PSDB deseja voltar a governar o País, precisa, antes, vencer as eleições", protestam os parlamentares.
Citando as chamadas "pedaladas fiscais", que estão sendo julgadas pelo Tribunal de Contas da União, a bancada acusa os tucanos de "oportunismo ao distorcer informações para tentar confundir a população e envolver setores da sociedade em suas aventuras golpistas, sob o suposto amparo da lei". A nota conclui com o alerta: "Não aceitaremos qualquer tipo de golpe".
Leia a íntegra:
NOTA DA BANCADA DO PT
A Bancada do PT na Câmara repudia veementemente as manobras flagrantemente golpistas conduzidas pela oposição, com o PSDB à frente. O partido tucano, que apenas na sigla inclui alguma referência ao ideário social-democrata, assumiu de vez, e sem qualquer pudor, a camisa do golpismo, sob liderança do seu presidente, o senador Aécio Neves, derrotado nas eleições de 2014.
A convenção do PSDB, no último domingo, constituiu-se num ato cujo principal objetivo foi incensar o ambiente golpista. O seu presidente demonstrou estar cada vez mais abraçado à tese do golpe de Estado, buscado por meio de manobras jurídicas e com o apoio de parcela expressiva da mídia comercial. Inconformado e inconsolável com a derrota que sofreu no ano passado, Aécio Neves dedica-se a devaneios golpistas desprovidos de qualquer alicerce na realidade. Essa posição, aliás, pode ser estendida a outros tucanos e a algumas vestais de partidos satélites que orbitam em tornam do ninho do PSDB.
Se o PSDB deseja voltar a governar o País, precisa, antes, vencer as eleições. O voto e a liberdade de escolha são valores imprescindíveis de um regime democrático e devem ser protegidos contra quaisquer tentações golpistas. O respeito à soberania popular foi uma conquista de toda a sociedade brasileira, que lutou e derrotou a ditadura instalada em 1964.
No Brasil tucano, entre 1995 e 2002, a corrupção campeava, mas a mídia omitia, o Procurador-Geral engavetava, a Polícia Federal não tinha estrutura e, tampouco, independência para investigar. Tudo se transformava numa grande ação entre amigos. O PSDB, portanto, não tem autoridade para acusar o PT e a presidenta Dilma Rousseff.
Os tucanos mostram oportunismo ao distorcer informações para tentar confundir a população e envolver setores da sociedade em suas aventuras golpistas, sob o suposto amparo da lei. O caso do que se tem chamado de "pedaladas fiscais", para ficar num único exemplo, não resiste à menor análise. Todos os procedimentos adotados pelo Governo Federal em 2014 estão de acordo com a lei. O próprio Tribunal de Contas da União (TCU) já aprovou tais procedimentos em exercícios anteriores, inclusive durante o governo FHC.
A única coisa que o PSDB ganhará ao levantar irresponsavelmente a bandeira do ''impeachment'' é deixar gravado na sua biografia, de forma indelével, a digital golpista que outrora pertenceu à famigerada União Democrática Nacional (UDN), partido cujo maior legado é ser o símbolo máximo do entreguismo e do golpismo na história política brasileira.
Não aceitaremos qualquer tipo de golpe e, juntamente com a sociedade brasileira, estaremos vigilantes, atentos e mobilizados para frear quaisquer movimentos que tenham por objetivo interromper o mandato garantido pela população e pela Constituição Federal à presidenta Dilma Rousseff.
Brasília, 7 de julho de 2015
Deputado Sibá Machado –PT/AC
Líder da Bancada do PT na Câmara dos Deputados
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