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Para diluir denúncias, Temer quer divulgação simultânea de delações

Para tentar amenizar o impacto político das delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht, Michel Temer —citado 43 vezes apenas na delação de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da empreiteira— agora defende que os dados só sejam liberados ao público "por completo"; na prática, a tática do presidente tenta diluir denúncias específicas contra ele e outros nomes da base aliada em meio ao tsunami de nomes de políticos apontados pela empreiteira; "Se houver delitos e malfeitos, que venham todos à luz de uma vez", disse Temer, ao discursar no encerramento do prêmio Líderes do Brasil 2016, evento organizado pelo Lide, do grupo Doria, no Palácio dos Bandeirantes

Para tentar amenizar o impacto político das delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht, Michel Temer —citado 43 vezes apenas na delação de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da empreiteira— agora defende que os dados só sejam liberados ao público "por completo"; na prática, a tática do presidente tenta diluir denúncias específicas contra ele e outros nomes da base aliada em meio ao tsunami de nomes de políticos apontados pela empreiteira; "Se houver delitos e malfeitos, que venham todos à luz de uma vez", disse Temer, ao discursar no encerramento do prêmio Líderes do Brasil 2016, evento organizado pelo Lide, do grupo Doria, no Palácio dos Bandeirantes (Foto: Giuliana Miranda)
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247 - Para tentar amenizar o impacto político das delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht, Michel Temer —citado 43 vezes apenas na delação de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da empreiteira— agora defende que os dados só sejam liberados ao público "por completo". Na prática, a tática do presidente significa tentar fazer com que denúncias específicas contra ele e outros nomes da base aliada se percam em meio ao tsunami de nomes de políticos apontados pela empreiteira. 

As informações são do Estado de S.Paulo.

"Se houver delitos e malfeitos, que venham todos à luz de uma vez", disse Temer, ao discursar no encerramento do prêmio Líderes do Brasil 2016, evento organizado pelo Lide, do grupo Doria, no Palácio dos Bandeirantes.

O teor do apelo público é semelhante ao da carta que o presidente encaminhou nesta segunda-feira a Janot, na qual pede investigação para evitar vazamentos seletivos do conteúdo das delacões de executivos da Odebrecht."

No documento dirigido a Janot, Temer culpou as delações por problemas na economia, entre outras coisas: "O fracionado ou porventura lento desenrolar de referidos procedimentos pré-processuais, a supostamente envolver múltiplos agentes políticos, funciona como elemento perturbador de uma série de áreas de interesse da União", escreveu.

No final do texto, ao pedir rapidez na conclusão das investigações e na homologação das delações premiadas, o presidente afirma que a celeridade é indispensável para a superação da "situação fática vivenciada pelo país" e que tem trazido prejuízos ao governo federal e à população brasileira.

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