Parlamentarismo é a maior ameaça à volta de Lula
Todas as pesquisas deixam claro que a direita é e será incapaz de fabricar um candidato capaz de enfrentar o ex-presidente Lula; na mais recente, da Vox Populi, Lula tem 42% contra 34% do resto; ao mesmo tempo, cresce a percepção de que não há tempo hábil para a alternativa do tapetão judicial – que consiste em inabilitar Lula com uma condenação judicial em segunda instância; por isso mesmo, ganha a força a terceira alternativa, a do parlamentarismo, que conta com articuladores como José Serra, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e o claro Michel Temer; nesse acerto, os políticos que golpearam a democracia poderiam perpetuar seus foros privilegiados
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247 – Aos poucos, a direita brasileira percebe sua incapacidade de produzir um anti-Lula. O prefeito João Doria, por exemplo, se afogou na sua farinata e hoje é um dos políticos mais rejeitados do Brasil. A nova aposta, a do apresentador Luciano Huck, é mais uma fraude risível.
Na mais recente pesquisa, o ex-presidente Lula tem 42% das intenções de voto, contra 34% de todo o resto. Testado, Huck, apresentado como alguém "DNA uspiano" pela colunista Eliane Cantanhêde, não passa de 2%.
Portanto, no voto, todos sabem que dá Lula.
A alternativa seria insistir no plano do tapetão judicial, com uma condenação de Lula em segunda instância. Essa alternativa, no entanto, além de arriscadíssima, liquidaria de vez com a imagem do Brasil no mundo – que voltaria a ser oficialmente uma oligarquia política, em que o povo não teria vez no espetáculo.
Por isso, mesmo ganha força a terceira e mais perigosa alternativa, que é a volta do parlamentarismo – uma alternativa que conta com o apoio de figuras como José Serra, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Ives Gandra Martins e do próprio Temer.
Serra sonha em ser primeiro ministro. Gilmar parece disposto a qualquer medida para impedir a volta do PT ao poder. Moraes pretende colocar em pauta a emenda parlamentarista (leia aqui). Ives Gandra publicou artigo dizendo que o "semipresidencialismo" de Temer salvou o Brasil. E Temer precisa garantir seu foro privilegiado e da turma que o acompanha.
Por isso mesmo, a ameaça maior é esta – a de um novo golpe, que traria um regime rejeitado pela população brasileira em plebiscito.
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