Partido novo. Será uma boa ideia?

Vemos muita gente de bem que anda enojada com os rumos da política. Muitos não querem nem ouvir falar na palavra ‘POLÍTICA’. Conheço gente que inclusive tem o prazer de não ir votar, preferindo pagar a multa depois no TRE, só pelo prazer de dizer que não participou do “circo eleitoral”.

Eu nunca compartilhei dessas idéias, pois acredito que não é pulando do barco que se corrige os rumos do mesmo. Ademais, como já dizia o filósofo Aristóteles, “o Homem é um animal político”. Uma grande verdade, por mais que muitos não percebam, vivemos fazendo política em nosso dia-a-dia. Sejam políticas de boa vizinhança, políticas no trabalho e mesmo em casa, com cônjuge e filhos. Além disso, a política é um importante instrumento de paz. Sem ela, dificilmente alguma contenda se resolveria pacificamente. Adversários participariam de duelos, onde quem sobrevivesse venceria.

Então, o problema não é a política em si, mas os maus políticos que tornam as pessoas desacreditadas. Nunca engoli candidatos que abandonam cargos pela metade para concorrer a outros ou assumir secretarias e afins. Alguns nem chegam a assumir o cargo para o qual foram eleitos. O sujeito é eleito deputado com 300 mil votos, abre mão do cargo para ser Secretário de governo e cede sua vaga para o próximo da fila. No mínimo uma falta de respeito com seus 300 mil eleitores, que acabaram elegendo outra pessoa. Esse é só um pequeno exemplo, sem falar em casos mais graves de corrupção e atitudes pouco recomendáveis.

Pois bem, pela primeira vez vejo alguém questionar seriamente e oferecer alternativas a essas atitudes. Conheci essa semana o site do Partido Novo, na verdade ainda uma proposta de Partido político com foco na gestão e eficiência. Para obter seu registro como partido político, o “candidato a partido” necessita coletar 500 mil assinaturas. Ainda é cedo para julgar até onde irá a ideia, mas contribuí com minha assinatura, pois considero louváveis as iniciativas visando envolver a sociedade na participação política.

Mais uma vez: não é abandonando o barco que se corrige seus rumos. Tem que segurar no timão!