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Partidos ignoram o voto.com

Aqui no Brasil, a grande reforma política passa pela mudança da relação dos partidos com a web

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Seis meses depois da eleição os partidos continuam ignorando solenemente a internet como o grande veículo de comunicação política. São poucas e raras as ações partidárias na rede num mundo onde cada vez mais se faz política usando as ferramentas da web. Minha previsão de que os políticos fariam com a internet aquilo que fazem nas ruas acabou se concretizando, porque a maioria deles sumiu dos blogs e redes sociais.

O Brasil já tem 81 milhões milhões de usuários com 12 anos ou mais (pesquisa F/Nazca), o que nos torna o 5º país com maior número de pessoas plugadas na web. Quando terminar o governo Dilma, estes brasileirinhos estarão prontos para votar para presidente. Nosso povo adora computador. Pelo menos e 87% destes 81 milhões de internautas acessam internet pelo menos uma vez por semana. Dentro de muito pouco tempo eles serão 100%, porque a tendência do cidadão é ser cada vez mais ponto com.

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Mesmo assim parece que os políticos não enxergam esta evidência. Continuam fazendo política como há 20, 30 anos. Na hora da eleição pedem voto e pronto. Isso acabou. Hoje há muitos políticos que trabalham individualmente, como os ministros Padilha e Paulo Bernardo, a deputada Manuela Dávila e outros. Usam principalmente o Twitter, trocam e compartilham informação o tempo todo. Outro dia Paulo Bernardo tuitou que estava preso no elevador do Planalto e foi salvo pelos bombeiros.

Tudo isso é muito legal, mas são ações individuais. Os partidos não se mexem. Nós estamos a um ano e meio das eleições municipais e não vemos os partidos começarem a trabalhar. O prefeito Gilberto Kassab refundou o PSD e o partido não tem site. Ou seja: isso não é prioridade mesmo.

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Outro dia o ex-presidente Fernando Henrique escreveu um artigo polêmico, ao afirmar que a oposição deveria parar de se preocupar com o povão e buscar mais apoio na classe média. Não sei se FHC se deu conta, mas o único caminho viável para por em prática sua tese é usar a internet para fazer política. Não a política tradicional, mas uma nova forma de comunicação política com troca e compartilhamento de informação, serviços e, principalmente, presença por parte das pessoas e das marcas que elas representam.

FHC atirou no que viu e acertou no que não viu. O problema é que não apareceu ninguém até agora para dizer: “presidente, o senhor está certo. Vamos arregaçar as mangas e trabalhar para ganhar eleitores ponto com”.

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E neste particular, tanto o governo quanto a oposição estão sem projeto. Eles sabem que o caminho é este, mas estão com dificuldades para trilhá-lo porque ainda não entenderam direito como será a nova comunicação política. Se o ex-governador Howard Dean pensasse assim não teria se tornado o primeiro político a fazer campanha na internet e inspirado Obama, que se tornou o primeiro presidente eleito pelo voto ponto com. Aqui no Brasil, a grande reforma política passa pela mudança da relação dos partidos com a web.

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