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Pede logo para sair, Pagot

Mesmo sabendo que ser exonerado, diretor-geral do DNIT insiste em no pedir demisso, constrangendo a presidente Dilma Rousseff; ele ainda tem defensores no governo, como o ministro Gilberto Carvalho; falta pouco para CPI

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247 – A presidente Dilma Rousseff já decidiu: Luiz Antônio Pagot não fica na diretoria-geral do Departamento de Infraestrutura de Transporte (DNIT) depois que acabarem suas férias de 30 dias. Assim como todo o Brasil, Pagot já sabe que não vai permanecer no cargo. Mesmo assim, não pede demissão. Nesta terça-feira, disse que vai aguardar até quinta-feira por uma decisão da presidente. O confiante Pagot ainda se apoia na bancada do Partido da República (PR), em ministros ligados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e até no vice-presidente, Michel Temer, e no secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, todos a favor de sua permanência. Será que o diretor-chefe do DNIT conseguiu fazer tantos amigos no governo a ponto de ser o único salvo na limpeza geral dos Transportes?

A intenção da presidente de exonerar Pagot já vinha sendo sinalizada há dias, e só agora foi confirmada com mais ênfase pela ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. “Tudo indica que sim, até pelas reiteradas vezes que ela (Dilma) tem se comportado dessa forma”, confirmou a ministra. Mas a decisão da presidente desagrada a muita gente dentro do governo. Dilma terá de peitar a todos para tirar o indicado do senador Blairo Maggi (PR-MT) da direção do DNIT e se submeter a um algum desgaste político se quiser ficar bem com a população brasileira, que aguarda atitudes do Planalto no sentido moralizar a administração do mal falado Ministério dos Transportes.

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Maggi chegou a jogar a toalha nesta terça-feira, admitindo que Pagot está de saída do DNIT, e se mostrou resignado com a situação, mas a forma como a cúpula do Ministério foi defenestrada deixou mágoas no PR e abalou a relação da base governista na Câmara com o governo. Depois de afastar quatro de vez no dia em que matéria da revista Veja deu início à crise nos Transportes, a presidente foi exonerando um a um os apadrinhados do deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP) no Ministério, num movimento que culminou na demissão de seis funcionários da Pasta e do DNIT nesta terça-feira.

Falta apenas Pagot, que permanece de férias forçadas, sugeridas pelo próprio Planalto, diante da resistência inicial do ex-ministro e senador Alfredo Nascimento (PR-AM) em tirar o diretor-geral do DNIT do baralho do Ministério. Se Dilma já tomou a decisão, é preciso comunicá-la logo, para não correr o risco de enfrentar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Transportes e ver seu governo ainda mais desgastado. Segundo a oposição, faltam apenas quatro assinaturas (das 27 necessárias) para instituir a CPI. Tirar Pagot do Ministério nos próximos dias não vai apagar as denúncias de corrupção, mas confimará o compromisso da presidente em botar ordem na Pasta, algo que pode enfraquecer os argumentos da oposição.

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