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    Permanência de Lupi enfraquece Comissão de Ética

    Ministro do Trabalho cria mais constrangimentos; tucano lvaro Dias pede fim da Comisso se ele no cair

    Permanência de Lupi enfraquece Comissão de Ética (Foto: WILSON PEDROSA/AGÊNCIA ESTADO)
    Gisele Federicce avatar
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    O líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), defendeu hoje a extinção da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, no caso de a presidente Dilma Rousseff ignorar a recomendação do colegiado de demitir o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Ele entende que não há motivos que justifiquem a existência de uma comissão de ética sem autoridade diante da presidente da República.

    "A comissão existe para que as suas conclusões sejam atendidas", alegou. "Se não houver providências da presidente, se não existir acolhimento a um pedido dessa natureza, também não há razão que justifique a existência da comissão". Álvaro Dias lembrou ter sido essa a primeira vez que a comissão agiu com rigor com relação a um ministro alvo de denúncias. "E quando age com rigor é desconsiderada".

    No entender do líder tucano, a única coisa que justificaria a manutenção de Lupi no cargo é a "cumplicidade do governo com os fatos que lhe são imputados, como a cobrança de propina em troca da certidão sindical, emitida pelo Ministério do Trabalho. "Há provas materiais e documentais que autorizam punição rigorosa, como a demissão e a adoção de ações judiciais", destacou.

    Sobre a possibilidade de a presidente demitir Lupi apenas na reforma ministerial em janeiro, Álvaro Dias disse que adotar esse procedimento "seria premiar a irregularidade". "Se o governo agir dessa forma, estimula a prática da corrupção, faz prevalecer a impunidade, está sendo omisso e prioriza a cumplicidade". Ele entende que o procedimento "condena também o governo, da mesma forma que o seu ministro".

    Relatora defende demissão do ministro

    A relatora do processo contra o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, na Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Marília Muricy, afirmou hoje que, com os elementos disponíveis no caso, formou um "convencimento forte" de que a decisão seria pela exoneração do ministro.

    Ela afirmou não haver possibilidade de alterar seu convencimento com os argumentos apresentados até agora por Lupi. Disse, ainda, que se o ministro quiser rever a decisão, teria de juntar novos argumentos e elementos suficientemente convincentes para que ela mudasse de posição. "As razões que adotei no meu relatório são fortes e convenceram a minha consciência e a Comissão", disse Marília.

    A conselheira disse ser absolutamente normal que a presidente Dilma Rousseff queira conhecer a decisão. Afirmou que é obrigação da Comissão de Ética repassar todos os argumentos à presidente e disse ser parte do processo democrático o pedido do ministro pela revisão do processo. "É nosso dever fazê-la (a presidente) conhecer todas as razões de nossas decisões", declarou. O presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, disse que não comentaria o pedido da presidente por mais informações por não ter recebido ainda o ofício e afirmou que não deve haver nenhuma outra sessão do colegiado até o ano que vem.

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