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      PF agora vê crime de Lula em e-mails de Bumlai

      Relatório anexado em inquérito da Lava Jato reúne cópias de mensagens do pecuarista que reforçariam as suspeitas dos investigadores de tráfico de influência; e-mails trazem conversas de Bumlai com lobista, com empresários e com supostos amigos do ex-presidente que tratam de ministros e de assunto no BNDES; o Instituto Lula rebateu as suspeições: “O vazamento desse relatório é mais uma invasão de privacidade que não encontra nenhuma ilegalidade, mas que serve de matéria-prima para ilações de parte da imprensa brasileira para fins políticos”; defesa de Bumlai reforça que não há crime

      Relatório anexado em inquérito da Lava Jato reúne cópias de mensagens do pecuarista que reforçariam as suspeitas dos investigadores de tráfico de influência; e-mails trazem conversas de Bumlai com lobista, com empresários e com supostos amigos do ex-presidente que tratam de ministros e de assunto no BNDES; o Instituto Lula rebateu as suspeições: “O vazamento desse relatório é mais uma invasão de privacidade que não encontra nenhuma ilegalidade, mas que serve de matéria-prima para ilações de parte da imprensa brasileira para fins políticos”; defesa de Bumlai reforça que não há crime (Foto: Realle Palazzo-Martini)
      Realle Palazzo-Martini avatar
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      247 - Relatório da Polícia Federal anexado em inquérito da Operação Lava Jato reúne cópias de e-mails de José Carlos Bumlai que reforçariam as suspeitas dos investigadores de tráfico de influência no governo Lula. As mensagens trazem conversas de Bumlai com um lobista, com empresários e supostos amigos do ex-presidente que tratam de ministros e de assunto no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

      Em mensagens trocadas no período em que Lula era presidente, os interlocutores tratam com Bumlai de negócios em Gana, no Catar, de uma parceria com o BNDES, com pedido de agendamento de reunião com o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, do Programa Fome Zero e de assuntos de interesse de um servidor da Infraero.

      “Parte da influência exercida por Bumlai pode ser verificada em e-mail enviado por seu filho, Fernando, no qual ele pergunta se pode interceder por Roberto da Infraero de Campo Grande, que esta sendo transferido para Guarulhos”, registra o Relatório de Informação 64/2016, da PF de Curitiba, anexado em um desses inquéritos, segundo revela o portal do Estadão. Ele trata do conteúdo das mensagens de duas contas de e-mail do pecuarista.

      No documento da PF, há uma sequência de mensagens em que Bumlai e Khalil Bittar – outro filho do ex-prefeito de Campinas, sócio de Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha na PlayTV (antiga Gamecop) – são acionados para agendamento de reunião com o ex-ministro Guido Mantega, em 2009. “Ola Bittar e Zé, Por favor vejam esta carta em anexo que foi enviada ao BNDES, o nosso cartão ambiental hoje esta hoje em parceria com o Fundo da Amazonia, Salve !” escreve Márcia Martinn, no dia 4 de maio, em nome de uma projeto do Instituto Eco Goal. “Temos que agendar com o Ministro Guido Mantega e Antoninho Trevisan, conforme combinamos, OK.”

      A interlocutora copia carta enviada ao BNDES por um representante do Instituto Eco Goal para contrato de desenvolvimento de um “cartão ambiental em parceria com o Fundo da Amazonia”. O negócio seria vinculado à Copa de 2014.

      O Instituto Lula rebateu as suspeições. “O vazamento desse relatório é mais uma invasão de privacidade que não encontra nenhuma ilegalidade, mas que serve de matéria-prima para ilações de parte da imprensa brasileira para fins políticos.”

      “Lula levou 84 missões empresariais brasileiras a países de todos os continentes, mais de dez missões por ano, promovendo contatos de alto nível de empresas brasileiras com autoridades estrangeiras e parceiros comerciais nos mais diversos setores. Estas missões eram de conhecimento público, abertas para empresários de todos os setores e acompanhadas pela imprensa.  Eram viagens para promover o interesse do país no exterior. Dentro da lei e a favor do Brasil”, diz o Instituto Lula.

      A defesa de Bumlai ressaltou que nenhum dos fatos configura crime: “Os episódios mencionados na matéria foram pinçados de maneira descontextualizada do relatório de inteligência elaborado pela Polícia Federal. Ocorre que nenhum deles configura crime. Tanto isso é verdade que não há, desde a juntada aos autos desse material há mais de um mês, nenhum apontamento nesse sentido pela autoridade policial responsável pelas investigações.”

      Já o BNDES disse que nunca teve contato com José Carlos Bumlai, em reuniões ou qualquer negociação relacionadas a financiamentos às exportações.

      Mantega informou que não conhece nem o representante nem o Instituto Eco Goal.

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