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Planalto nega mão do governo na venda da Delta

Ninguém negou ainda, contudo, que o negócio seja ótimo para o governo; presidente do BNDES, Luciano Coutinho descartou a possibilidade de injeção de recursos para facilitar compra pela J&F, que anunciou Humberto Junqueira de Farias (foto), ex-Camargo Corrêa, como novo presidente da Delta

Planalto nega mão do governo na venda da Delta (Foto: Divulgação)
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247 – Por meio de nota (leia íntegra abaixo), o Palácio do Planalto negou, nesta sexta-feira, qualquer influência na operação de venda da empreiteira Delta, uma das principais contratantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A construtora caiu em desgraça depois de reveladas as ligações entre seus dirigentes e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, o que acabou iniciando um processo de venda para a holding J&F, controladora do grupo JBS.

A J&F, aliás, também divulgou nota nesta sexta-feira para dizer que as negociações para a aquisição da Delta "são privadas e de caráter empresarial" e classificar de "descabida qualquer insinuação de interferência do governo federal no negócio". Que a venda da Delta, neste momento de crise, é ótima para o governo, contudo, ninguém negou ainda -- o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro abriu inquérito para apurar possíveis irregularidades no negócio, já que o BNDES, acionista no grupo JBS, pode acabar se tornando parceiro da Delta.

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Grupo controlador do JBS, a J&F também anunciou, nesta sexta-feira (11), o nome de Humberto Junqueira Farias como novo presidente da Delta Construções. O executivo atuava, até então, como CEO da Renuka, empresa do ramo de açúcar e álcool, e assumiráa nova posição, segundo a holding, já na próxima segunda-feira.

No currículo, Farias possui especializações em gestão na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e IMD, na Suiça. O novo presidente da Delta atuou durante 15 anos no Grupo Camargo Corrêa, em que chegou ao posto de presidente da divisão de cimentos. Farias foi também presidente da Cavo, empresa do ramo de gestão ambiental.

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Coutinho

Agência Brasil - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, descartou hoje (11), no Rio de Janeiro, que haja risco de a instituição vir a injetar recursos na operação de compra da Construtora Delta pela J&F, holding que controla o frigorífico JBS, do qual o banco é acionista.

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“Não há fundamento, não haverá risco. São coisas extremamente diferentes. Estamos absolutamente tranquilos”, disse Coutinho.

Ele prometeu zelar para que não haja riscos aos acionistas da JBS em termos de estrutura. “Essa é uma operação apartada, feita pela holding, e nós zelaremos para que a empresa, a sociedade aberta que está no mercado, se mantenha totalmente saudável e não haja nenhum relacionamento entre uma coisa e outra”. Coutinho reafirmou que esse é também interesse dos acionistas em geral da JBS.

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O presidente do BNDES foi um dos debatedores do seminário Política Industrial no Século 21 promovido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no Rio de Janeiro.

 

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Leia a íntegra da nota do Palácio do Planalto abaixo:

Nota à imprensa

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Em relação às negociações sobre a mudança do controle da Delta Construção, o governo federal reitera que não interfere em operações privadas.

São falsas, portanto, as ilações de que a referida operação teve aval deste governo.

O governo alerta que está em curso na Controladoria Geral da União processo de decretação de inidoneidade da Delta Construção. Caso a CGU conclua pela condenação, a empresa estará impedida de ser contratada pela administração pública, nos termos da Lei 8.666 de 1993, com consequências econômicas presentes e futuras.

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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