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PMDB mineiro pode ser o fiel da balança em 2014

Últimas pesquisas eleitorais mostram candidatos do partido com boas chances nas maiores cidades do interior do estado. Bom trânsito com Lula/Dilma e Aécio Neves dão flexibilidade ao partido, mas o senador Clésio Andrade já defendeu um governo estadual mais “afinado” com o federal

PMDB mineiro pode ser o fiel da balança em 2014 (Foto: Edição/247)

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Minas 247 - Já foi muito dito que não há um PMDB, mas vários. A máxima, repetida geralmente em tom de crítica, pesa a favor do partido na hora de conquistar aliados em eleições. Pelo menos em Minas, o partido fundado para ser oposição à ditadura militar será peça chave no jogo sucessório de 2014. Com bom diálogo com os dois lados rivais na disputa pela presidência (Lula/Dilma, do PT, e Aécio Neves, do PSDB), o PMDB será tão ou mais cortejado que o PSB do prefeito de BH, Marcio Lacerda.

As últimas pesquisas eleitorais nas principais cidades do interior trazem boas notícias para o partido. Nesta terça-feira, por exemplo, o instituto DataTempo/CP2 mostra que o ex-prefeito de Governador Valadares, Bonifácio Mourão, venceria com facilidade a eleição de outubro. No cenário em que aparecem todos os nomes dos pré-candidatos, o deputado estadual peemedebista tem 45,1%, muito a frente da atual prefeita, Elisa Costa, do PT, que tem apenas 9,5%.

Em Montes Claros, a situação está bem mais indefinida, mas o atual prefeito, Luiz Tadeu Leite (PMDB) tentará a reeleição com chances. Em Juiz de Fora, a grande novidade do pleito pode ser o nome do deputado estadual Bruno Siqueira, ex-presidente da Câmara Municipal. Também peemedebista, ele tem subido nas últimas pesquisas, embora seja mais desconhecido que outros candidatos que já ocuparam cargos majoritários ou foram candidatos em eleições anteriores. Em Contagem, segunda cidade mais populosa do estado, o partido deverá sair como candidato a vice do deputado estadual Carlin Moura, do PCdoB, que ocupa atualmente a segunda posição nas pesquisas mas tem índice de rejeição muito menor que o líder, o ex-prefeito Ademir Lucas (PSDB).

No total, calcula-se que o PMDB lançará candidato próprio em pelo menos 300 cidades mineiras. Mas o maior cacife do partido em Minas talvez seja o bom diálogo com as duas forças que deverão se defrontar no plano nacional: uma representada pelo PT da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presdidente Lula; outra, a do ex-governador mineiro e atual senador tucano Aécio Neves.

O senador Clésio Andrade, por exemplo, já foi vice-governador de Minas na primeira gestão de Aécio (2003-2006). Desde março no PMDB, ele hoje é próximo da base aliada ao governo federal no Congresso. Na solenidade de filiação ao partido, que contou com a presença de várias lideranças nacionais do PMDB (como o vice-presidente Michel Temer), o nome de Clésio foi lembrado como um possível candidato ao governo mineiro. Ele, que é também presidente da Confederação Nacional dos Transportes, nega, é claro. Mas não esconde que gostaria de ver um governo estadual em Minas mais “afinado” com o federal.

Ao 247, Clésio já defendeu a ideia de uma coligação de centro-esquerda para tentar chegar ao Palácio Tiradentes, em 2014. Se a proposta vingar, pode ser a solução para o impasse do PSB do prefeito de BH e do ex-ministro Walfrido dos Mares Guia, hoje na corda bamba da insólita aliança que apoiará a reeleição de Marcio Lacerda na capital, reunindo petistas e tucanos.

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