Porto Alegre tem eleições 100% à esquerda
Principais candidatos sucesso na capital gacha, Jos Fortunati (PDT), Manuela Dvila (PCdoB) e Ado Villaverde (PT) (foto)esto todos do mesmo lado; candidatura a reeleio de Fortunati est consolidada, mas PT ainda tenta convencer PCdoB a compor coligao
Rodolfo Borges _247 – O quadro da sucessão na prefeitura de Porto Alegre está definido. E pende para a esquerda. Parte de uma mesma base estadual, o prefeito José Fortunati (PDT), a deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB) e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Adão Villaverde (PT), não chegaram a acordo para compor uma única coligação e lançaram pré-candidaturas individuais. “Entramos na disputa para ganhar”, avisa o deputado estadual Villaverde, que não enxerga problema numa competição dentro do mesmo espectro ideológico.
Ao 247, Villaverde disse, contudo, que a única candidatura “mais consolidada” é a do prefeito pedetista. “Ainda vamos sentar com o PCdoB, o PSB, o PTB”, projeta o presidente da Assembleia Legislativa gaúcha. Mas vai conseguir convencer a deputada Manuela D’Ávila a abandonar suas pretensões? “Nossa candidatura é para cabeça de chapa. Achamos legítimo que o PCdoB faça o mesmo. Vamos respeitar, sem propor disputa que não seja de conteúdo”, diz Villaverde, insinuando que, para a composição, a deputada federal ficaria no máximo com a vice-candidatura.
O deputado estadual prevê que o quadro político de Porto Alegre deve se consolidar até abril. “Vamos construir um processo de programa e diálogos com a cidade a partir de janeiro. A proposta é fazer um debate forte com setores sociais e ir consolidando as alianças”, prevê Villaverde, que tem refuta o favoritismo, mas tem tanto o governador Tarso Genro (PT) quanto a presidente Dilma Rousseff (PT) de seu lado. E destaca isso: “O Brasil se projeta para o mundo como nação de desenvolvimento progressista e democrática. Nossa candidatura está alinhada com o Rio Grande e com o Brasil.”
Nos planos do PT está a reconquista do mérito de uma cidade “conhecida mundialmente como altamente democrática”, nas palavras do presidente. Villaverde se espelha nos 16 anos de governo do PT em Porto Alegre, interrompidos em 2005 com a vitória de José Fogaça. “A cidade está numa condição de adormecimento, mas tem um potencial enorme e é extremamente atrativa”, defende Villaverde. Falta apenas convencer os potenciais concorrentes de que o seu é o melhor projeto.
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