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PPS quer que MPF quebre sigilos de Rose Noronha

Para o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), as informações serão úteis para esclarecer a profundidade do esquema de que participava a ex-chefe do gabinete da Presidência

PPS quer que MPF quebre sigilos de Rose Noronha
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247 - O PPS anunciou que vai solicitar na próxima quarta-feira ao Ministério Público Federal de São Paulo a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de Rosemary Noronha, ex-chefe do Escritório da Presidência da República no estado. Além disso, o partido também protocolou na manhã desta segunda-feira 7 um requerimento pedindo que a Comissão Representativa do Congresso Nacional cobre informações ao Ministério da Fazenda sobre a partici[ação de 'Rose' nas negociações que definiram o comando do Banco do Brasil e do fundo de pensão de seus funcionários, a Previ, além da compra do banco Nossa Caixa pela instituição.

Para o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), as informações serão úteis para esclarecer a profundidade do esquema de que participava a ex-chefe do gabinete da Presidência. "Ela gozava da intimidade do ex-presidente Lula para fechar negócios escusos. A quebra dos sigilos desta senhora é fundamental para esclarecer toda essa sujeira", disse. "Inclusive para saber se houve envolvimento, ou não, do ex-presidente da República nessa história", completou.

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Segundo reportagem publicada pela revista Veja desta semana, Rosemary teria influenciado nomeações no BB e na Previ, assim como a compra do banco Nossa Caixa pela instituição.

Com Assessoria do PPS

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Confira a integra do requerimento entregue hoje à secretaria geral do Congresso Nacional:

I) REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº                , DE 2013
(Do Sr. Rubens Bueno)

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Requer informações do Senhor Ministro da Fazenda sobre a participação da ex-Chefe de Gabinete da Presidência da República em São Paulo, a Sra. Rosemary Noronha, nas negociações que definiram o comando do Banco do Brasil e do fundo de pensão de seus funcionários.

Excelentíssimo Senhor Presidente,

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Requeiro a Vossa Excelência, com base no § 2º do art. 50 da Constituição Federal e na forma do inciso IX, do art. 7º da Resolução nº 3, de 1990 – CN, norma conexa ao Regimento Comum, encaminhar ao Senhor GUIDO MANTEGA, Ministro de Estado da Fazenda, o Requerimento de Informação em anexo.

Sala das Sessões, em 07 de janeiro de 2013.

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II) REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº             , DE 2013
(Do Sr. Rubens Bueno)

Requer informações do Senhor Ministro da Fazenda sobre a participação da ex-Chefe de Gabinete da Presidência da República em São Paulo, Senhora Rosemary Noronha, nas negociações que definiram o comando do Banco do Brasil e do fundo de pensão de seus funcionários.

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A Sua Excelência o Senhor
GUIDO MANTEGA
Ministro de Estado da Fazenda

Senhor Ministro,

Solicito a V. Exa., com base no § 2º, do art. 50, da Constituição Federal, informações sobre a participação da ex-Chefe de Gabinete da Presidência da República em São Paulo Senhora Rosemary Noronha, utilizando-se de relações de amizade íntima com o ex-presidente da República, Senhor Luiz Inácio Lula da Silva, nas negociações que definiram o comando do Banco do Brasil e do fundo de pensão de seus funcionários, a Previ.

Justifica-se o pedido de informações com base na matéria publicada pela Revista Veja – Edição 2303 – Ano 46 nº 2, de 09 de janeiro de 2013, mas circulando desde 05.01.2013, intitulada "O Poder Oculto de Rose", de autoria de Rodrigo Rangel e Daniel Pereira que diz:

"(...) No mês passado, VEJA revelou que a amiga de Lula usava o cargo para agendar reuniões com ministros de estado: abria as portas, inclusive de gabinetes no Palácio do Planalto, a interesses privados. Agora, descobre-se que sua área de atuação abrangia também setores de orçamentos bilionários, como o Banco do Brasil (BB) e o fundo de pensão de seus funcionários, a Previ. Rose... participou ativamente das negociações de bastidores que definiram a sucessão no comando tanto do  BB quanto no da Previ, defendeu pleitos de caciques do PT junto à cúpula do banco e atuou como lobista de luxo de empresários interessados em ter acesso à direção e ao caixa da instituição. Sua agenda de compromissos como chefe do gabinete da Presidência em São Paulo, obtida por VEJA, mostra que graças à intimidade com o então presidente,  a mulher que num passado não muito remoto era uma simples secretária, se transformou numa poderosa personagem do governo Lula. Com integrantes da cúpula do BB, em cujas dependências funcionava o gabinete que chefiava,  suas audiências eram corriqueiras. De 2007 a 2010, foram pelo menos 39 reuniões com ocupantes de postos importantes da hierarquia do banco. Apenas com vice-presidentes do BB, ela se reuniu 28 vezes. A explicação para tantos encontros: Rose usava a proximidade com Lula para influir nas decisões que envolviam o Banco do Brasil, inclusive sobre quem deveria ser escolhido para ocupar cargos de direção. Ela era frequentemente procurada e bajulada pela cúpula da instituição, interessada em fazer com que seus pleitos chegassem ao ex-presidente da República."

Nesse ponto a matéria transcreve o seguinte depoimento: "A Rose levava as demandas institucionais do banco para o presidente. Esse contato foi  muito positivo", admite Ricardo Oliveira, vice-presidente do BB até o ano passado e até hoje um dos mais fiéis aliados do presidente do banco, Aldemir Bendine. A agenda de Rose registra dezesseis reuniões com Oliveira. Ele conta que a lista de serviços que ela prestou à cúpula da instituição incluiu missões espinhosas. Segundo Oliveira, Rose foi acionada, por exemplo,  como ponta de lança da ofensiva destinada a convencer Lula  a autorizar o BB a comprar a Nossa Caixa, um negócio de R$ 5,3 bilhões de reais. Prestigiada, operou no processo que resultou na escolha do próprio Bendine, em 2009, para o comando do banco. Na ocasião, intercedeu junto a Lula por dois candidatos ao posto: Bendine e Ricardo Flores, petista que ocupava uma das vice-presidências da instituição. Preterido o companheiro Flores – sempre com a providencial ajuda de Rose – ganhou a presidência da Previ, fundo de pensões que tem uma carteira de investimentos de 150 bilhões de reais. (...)".

O Congresso Nacional e a população brasileira merecem esclarecimentos sobre os graves fatos revelados pela citada reportagem. Ainda mais depois dos fatos revelados terem sido confirmados pelo senhor Ricardo Oliveira, vice-presidente do Banco do Brasil, até 2012.

O poder então exercido pela senhora Rosemary Noronha, que se utilizou de informações privilegiadas em razão de sua amizade íntima com o ex-presidente da República Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, extrapolou, em muito, as funções precípuas do cargo que ocupava, afrontando a todos os brasileiros, sobretudo quando envolve uma das instituições mais respeitadas no País, como o Banco do Brasil.

Portanto, face à gravidade das denúncias reveladas, espera-se um esclarecimento detalhado dos fatos por parte do Senhor Ministro da Fazenda, a cuja pasta encontra-se institucionalmente vinculado o Banco do Brasil.

Câmara dos Deputados, em 07 de janeiro de 2013.

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