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Presidente da CCJ defende tramitação da PEC 33

Deputado Décio Lima (PT-SC) quer sequência para a proposta que submete decisões do STF ao Congresso: "Não podemos dizer ao Brasil que a matéria não existiu"; PEC aguarda decisão do ministro Dias Toffoli a respeito da liminar requerida pelo líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), para suspender a tramitação; na reunião desta terça, Esperidião Amin (PP-SC), relator original da matéria, lembrou que foi substituído do posto sem apresentar seu parecer, que era "pela admissibilidade da PEC, com a supressão do artigo que é o objeto da discórdia"  

Presidente da CCJ defende tramitação da PEC 33 (Foto: LUCIO BERNARDO JR)
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Agência Câmara Notícias - O presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), deputado Décio Lima (PT-SC), defendeu, nesta terça-feira (7), a continuidade da tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33/11, que submete algumas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) à análise do Congresso. Na avaliação do parlamentar, a Câmara deve instalar comissão especial para analisar o mérito do assunto. "Não podemos dizer ao Brasil que a matéria não existiu. Tem de ser votada", disse Lima a jornalistas, após a reunião da comissão.

Aprovada quanto à admissibilidade na CCJ em 24 de abril, a PEC aguarda agora, no STF, decisão do ministro Dias Toffoli a respeito da liminar (decisão provisória) requerida pelo líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), para suspender a tramitação da matéria. Sampaio argumentou que o texto viola a autonomia entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, alterando cláusulas pétreas da Constituição.

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Ao argumento de Sampaio juntaram-se nesta terça os líderes do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), e do PSB, deputado Beto Albuquerque (RS). Cunha reiterou que seu partido é contrário à tramitação da PEC e ao parecer de admissibilidade. "A PEC viola cláusulas pétreas da divisão de poderes. Se a comissão especial [para analisar a PEC] vier a ser instalada, o PMDB não indicará membros. E, se ainda assim for instalada, o partido votará contrariamente ao mérito", avisou. Já Albuquerque considerou a proposta um assunto "grave".

De acordo com a PEC, de autoria do deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), o Congresso Nacional deve referendar as súmulas vinculantes, as ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) e as ações declaratórias de constitucionalidade (ADCs) emitidas pelo STF. Caso o Congresso se posicione contra a decisão do STF, a questão irá para consulta popular. A proposta ainda precisa ser analisada por uma comissão especial e votada em dois turnos pelo Plenário.

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Constitucionalidade

Para Décio Lima, no entanto, ferir cláusula pétrea seria "dizer que se trata de uma emenda que pretende extinguir o STF". O presidente da CCJ se disse tranquilo quanto à admissibilidade da matéria e ressaltou que a Câmara tem uma série de mecanismos para garantir a constitucionalidade dos diferentes debates.

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"A correção da admissibilidade pode ser feita também por ato do presidente da Câmara [Henrique Eduardo Alves], antes de enviar a matéria à CCJ. Se a matéria afrontar a cláusula pétrea, ele [Alves] pode simplesmente não dar curso a ela", explicou.

Apesar das declarações, Lima ressaltou que o procedimento dado à matéria poderá ser revisto se houver uma manifestação da autoridade judiciária. "Se o ministro Dias Toffoli entender que houve erros, nós vamos fazer a correção."

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Para Nazareno Fonteles, não cabe anulação da votação na CCJ. "Seria covardia, quase suicídio", declarou. "Este Poder (Legislativo) tem de honrar o compromisso com o povo", acrescentou, lembrando que o relatório do deputado João Campos (PSDB-GO) estava disponível para consulta desde o ano passado.

Resposta

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Lima informou também que já enviou resposta a um pedido de informações feito por Toffoli. A resposta se limita a descrever a tramitação da proposta, desde sua apresentação em 25 de maio de 2011 à aprovação de sua admissibilidade. A PEC foi aprovada por recomendação do relator, João Campos.

O deputado Esperidião Amin (PP-SC), relator original da matéria, lembrou que foi substituído do posto sem apresentar seu parecer. A referência à substituição, disse ainda, não consta das informações enviadas ao Supremo. "Apresentei parecer em 30 de agosto de 2011. Meu parecer é pela admissibilidade da PEC, com a supressão do artigo que é o objeto da discórdia", disse Amin.

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Amin explicou que consentiu em ser substituído como relator, mas não na mudança do parecer. Sobre isso, Décio Lima argumentou que não era presidente da CCJ à época da designação de João Campos como relator, em maio de 2012.

 

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