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Presidente da Petrobras diz que Veja faz "fofoca"

Em conversa com o Bahia 247, o presidente da Petrobras, preferido do governador Jaques Wagner na sucesso estadual, faz mistrio quanto s eleies de 2014, assume amizade com Lula e dispara: 'A revista Veja no faz jornalismo, faz fofoca'

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Matheus Morais_ Bahia 247

Jornalista e professor universitário por formação, o presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli, está com tudo e não está prosa. Cotado para ser o candidato petista na sucessão estadual de 2014, ele prefere não adiantar o assunto, mas fala da amizade com o ex-presidente Lula, da relação com a presidente Dilma, da "faxina" que ela promove no governo federal e muito mais. José Sérgio sabe que é forte, tem consciência disso, mas não deixa transparecer o sentimento nem por um momento. Confira abaixo o bate papo com o Bahia 247, que aconteceu no final de semana em um restaurante de Salvador.

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Bahia 247 – Na opinião do senhor, as obras em andamento irão ficar prontas até a Copa de 2014?

José Sérgio Gabrielli – Não tenho informações técnicas para dar uma resposta técnica, mas acredito que pela forma de gestão do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e também dos programas dos estádios no que diz respeito à infraestrutura para a Copa do Mundo, acho que o governo vai tomar todas as iniciativas e ações possíveis para, junto com as empresas, viabilizar o cronograma para ter esses equipamentos prontos até 2014. Evidente que fazer obras é sempre difícil, pois existem problemas de financiamento, de greve, problemas ambientais, problemas com as fortes chuvas, então não é nada fácil realizar e desenvolver grandes obras. 

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247 – Quais os próximos investimentos que a Petrobras fará na Bahia?

JSG – Nosso investimento neste momento é de US$ 9,8 bilhões até 2015. Esse investimento é predominantemente na busca e exploração de petróleo na costa baiana e também para conclusão do ciclo de investimentos na refinaria, para melhorar a qualidade do diesel e da gasolina produzidos aqui.

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247 – Como o senhor avalia o governo de Jaques Wagner?

JSG – O primeiro governo Wagner foi uma arrumação da casa, uma redefinição de prioridades, uma rearrumação de programas, uma abertura para a gestão democrática do estado, portanto um governo que teve um papel de transição muito importante. Já o segundo governo dele avança na institucionalização de vários projetos estruturantes no estado, que avança na participação popular no que diz respeito à definição de políticas e programas. Portanto, neste momento , o elemento central é a discussão da continuidade das políticas do governo atual, com todas as perspectivas de implementar obras importantes sempre aprofundando a participação popular na gestão.

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247 – Como é a relação do senhor com o ex-presidente Lula?

JSG – Tenho uma relação ótima com ele e me orgulho muito disso. O Lula é uma pessoa extraordinária, foi o maior presidente que o Brasil já teve que fez mudanças muito importantes no país. Ele é um líder político de altíssima dimensão, tanto nacional como internacional.

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'Faxina é uma coisa que se faz num determinado momento, a luta contra a corrupção é permanente' 

247 – E sua relação com a presidente Dilma Rousseff?

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JSG – Também é uma relação muito boa. A presidente Dilma é uma profissional da maior qualidade, nós nos conhecemos em 2002 e trabalhamos juntos desde esse tempo. Nós somos duas pessoas de posições muito firmes, então nosso relacionamento é de respeito e de admiração mútua muito grande.

247 – O senhor atualmente está à frente de uma empresa com grande destaque internacional. Antes de ser governador o senhor não pensa em ser presidente da República?

JSG – (Risos) Não, não! Primeiro eu não estou pensando em ser governador, mesmo porque a sucessão de Wagner ainda está muito longe. Temos a eleição de 2012 antes disso, que vai ser muito importante pros municípios estaduais. Então, não tem porque pensar na sucessão de Wagner neste momento.

247 – Se por acaso surgir o convite para ser candidato a governador, o senhor se sente preparado para assumir essa condição?

JSG – Eu não vou comentar isso. Acho que é uma antecipação desnecessária de um tema que vai ser discutido no momento oportuno.

247 – Qual sua opinião sobre essa "faxina" promovida pelo governo Dilma?

JSG – Eu concordo com a presidente inteiramente. Faxina é uma coisa que se faz num determinado momento, a luta contra a corrupção é permanente, contra a fraude também, contra o descontrole, a falta de comportamento adequado com as regras e procedimentos também é permanente. O governo não pode colocar a luta contra corrupção como um evento temporário, então, eu acho que o termo "faxina" usado pela imprensa é fora de propósito. Se há um governo que avançou no combate à corrupção foi o do presidente Lula e da Dilma também, Houve um reforço do funcionamento da CGU, que não existia, o TCU nunca teve tanta liberdade, nunca tanta gente foi punida por corrupção como agora.

'A Petrobras avançou muito, mas o sucesso da empresa depende exclusivamente dos funcionários'

247- Depois de tanto tempo o senhor hoje se sente confortável na presidência da Petrobras?

JSG – É difícil! Eu posso me queixar de tudo, menos de monotonia. Lá, não  há um dia igual ao outro, mas me sinto tranquilo, acho que a Petrobras avançou muito, cresceu também, acho que tive uma pequena contribuição nisso, mas o sucesso da empresa depende exclusivamente dos funcionários da empresa. 

247 – O que o senhor achou da escolha do metrô como veículo da mobilidade urbana de Salvador?

JSG – O secretário Zezéu Ribeiro pode responder melhor que eu (risos)! Mas, acho que o metrô é uma opção mais ampla que envolve outros modais e amplia o acesso da mobilidade a maiores segmentos da população, com certeza é melhor que uma escolha mais limitada.

247 – Quando o senhor sair da presidência da Petrobras e caso não seja candidato a governador em 2014, qual o caminho a seguir?

JSG – Sou professor titular de macroeconomia da Universidade Federal da Bahia, no departamento de economia. Devo voltar pra lá.

247 – O senhor se sentiu injustiçado pela revista Veja quando a publicação o acusou de fazer lobby juntamente com o ex-ministro José Dirceu?

JSG – Não! A revista Veja não faz jornalismo, ela faz fofoca!

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