PT em ebulição: deputados reclamam de Dilma
Segundo a jornalista Vera Magalhães, que edita a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, João Paulo Cunha e Ricardo Berzoini lideraram as críticas à presidente durante reunião da bancada petista na Câmara; ministros também foram alvos e todos comparavam a gestão atual com "aquele tempo", em referência a Lula
247 - Além das insatisfações das ruas e das duas críticas recentes da oposição, a presidente Dilma Rousseff tem que lidar ainda com reclamações dentro de seu próprio partido. De acordo com informações da coluna Painel, da Folha de S.Paulo, deputados petistas, liderados por João Paulo Cunha e Ricardo Berzoini, ressaltaram os "erros" da presidente e compararam a gestão com "aquele tempo", de Lula. Leia abaixo as notas sobre o assunto:
João Paulo Cunha e Berzoini comandam insatisfações do PT contra Dilma
Terapia de grupo Às voltas com insatisfações no PMDB, Dilma Rousseff foi alvo de seu próprio partido, o PT, em reunião da bancada da Câmara, anteontem. As críticas à presidente e seus ministros foram comandadas por João Paulo Cunha (SP) e Ricardo Berzoini (SP). Na mesma noite, a catarse coletiva levou a bancada a se rebelar contra a orientação do governo e votar o substitutivo de André Figueiredo (PDT-CE) no projeto que destina receita do petróleo para a educação, em vez do texto original.
Diagnóstico No encontro, os petistas mais exaltados elencavam os "erros" da presidente. Segundo eles, Dilma estaria "colhendo os frutos que ela mesma plantou'' ao desacreditar políticos e entidades como a Fifa.
Lá e cá José Genoino (SP) foi apaziguador: disse que a pauta proposta por Dilma após os protestos era "progressista". Cunha, por outro lado, acusou o governo de "conservadorismo" ao ampliar desonerações para o transporte público, o que beneficiaria empresas do setor.
O retorno Em todas as intervenções, havia comparações com o governo Lula, lembrando que, "naquele tempo", as coisas eram "diferentes". Após a reunião, um grão-petista diz que, se for feita uma consulta secreta na bancada hoje, 90% votariam pela volta de Lula em 2014.
Na berlinda Os ministros mais criticados, além de Ideli, foram Paulo Bernardo (Comunicações), Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Aloizio Mercadante (Educação) e até a discreta Izabella Teixeira (Meio Ambiente). À exceção de Izabella, todos são filiados ao PT, mesmo partido dos deputados rebelados.
Sujeito oculto Além de Michel Temer, também não foi ouvido antes do anúncio da constituinte exclusiva para a reforma política Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União), outrora presença constante em reuniões reservadas com a presidente.
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