PT perde R$ 3,8 milhões
Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desaprovaram as contas do partido referentes a 2005 e suspenderam, por um ms, o repasse da cota do Fundo Partidrio
247 – O PT vai deixar de ganhar esse mês R$ 3,8 milhões referentes a cota repassada pelo Fundo Partidário. Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desaprovaram na noite de ontem as contas do partido de 2005 e suspenderam o crédito por conta da gravidade das irregularidades.
Todos os ministros do TSE entenderam que houve irregularidades na prestação de contas da sigla, que deixou de registrar o pagamento de R$ 1 milhão à Companhia de Tecidos Norte Minas, a Coteminas, que pertence à família do ex-vice-presidente da República, José Alencar - o que representa quase cinco por cento do total do valor recebido pelo partido do Fundo Partidário em 2005, no valor de R$ 24 milhões.
Além disso, o partido não apresentou informações complementares de pagamento de passagens e diárias no valor de R$ 166 mil, usou indevidamente recursos do Fundo Partidário para o pagamento de contas de telefones particulares, multas de trânsito e bebidas alcoólicas, no total de R$ 11 mil.
O relator do processo, ministro Gilson Dipp, afirmou que o partido foi várias vezes notificado para sanar as irregularidades apontadas pela Coordenadoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (Coepa) do TSE nas contas apresentadas referentes ao exercício financeiro de 2005. “É um conjunto de irregularidades que se projeta nos valores e no descumprimento das normas de prestação de contas”, disse.
O fundo partidário é formado com recursos recebidos de multas, doações e com repasses da União. A menor parte do dinheiro (5%) é distribuída de forma igual entre os partidos. Outros 95% são divididos na proporção dos votos obtidos pela legenda nas últimas eleições.
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