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Poder

Quem vai por a foto de Marconi e Demóstenes no santinho?

Há dois anos, candidatos faziam fila para posar ao lado dos dois; hoje, não mais

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Há cerca de dois anos a fila de candidatos que disputavam fotos com os então senadores Demóstenes Torres (DEM) e Marconi Perillo (PSDB) dobrava o quarteirão da “Casa Branca”, sede do comitê politico da campanha demo-tucana de 2010. Hoje, esta manifestação inexiste.

Cassado por 56 dos 81 senadores, Demóstenes Torres não se apresenta mais na ribalta política. Sua última apresentação foi no palco do Restaurante Piantella, em Brasília, onde cantou Let me try again (Deixe-me tentar novamente), de Frank Sinatra.

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Como na música da dupla Leandro e Leonardo, o ex-senador Demóstenes Torres e o governador Marconi Perillo (PSDB) conviveram na política “entre tapas e beijos”.  A relação teve altos e baixos, com direito a saraivada de balas no portão de Torres, providenciada por jagunço marconista,  xingamentos e troca de acusações. Mas, quando estavam juntos, como nas campanhas de 2002 e 2010, faziam uma dupla estilo Pelé e Coutinho. Demóstenes foi o mais votado nas campanhas que disputou o Senado, e há quem diga que seu apoio no segundo turno garantiu a terceira eleição de Marconi.

Nas eleições municipais de 2008, a dupla brilhou em vários palcos, como, por exemplo em Rio Verde, na eleição do prefeito Juraci Martins (PSD, ex-DEM).  É muito provável que nesta eleição, Juraci Martins não chame nem Demóstenes (a quem deu título de cidadão rio-verdense), nem Marconi para o seu palanque, uma governador amarga altos indices de rejeição no município.

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Moralismo e intolerância

Ao longo destes quase 16 anos de poder do marconismo, Demóstenes e Marconi se esforçaram para se apresentar como ideal de modernidade na política. Ambos investiram num discurso impregnado de moralismo e dos valores neoliberais.

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Como secretário de Segurança Pública no primeiro mandato de Marconi (1999-2002), Demóstenes Torres lançou o programa “Tolerância Zero”, brutalizando a ação da Polícia Militar com a doutrina de que “bandido bom é bandido morto”. O resultado que se vê hoje é que Goiás é um dos Estados onde a violência policial cresce e assusta a sociedade, aja visto os recentes episódios envolvendo as mortes do radialista Valério Luiz (cujo assassinato e atribuído a elementos de farda) e do advogado Davi Sebba Ramalho por agentes da PM.

Em sua primeira entrevista como governador recém empossado em 1999, ao ser questionado como seria seu estilo de governo, Marconi Perillo tascou: “Não roubar e não deixar roubar”. A modernidade exibida nos programas eleitorais parou por aí. Ao longo dos dois mandatos e meio o que se viu foi um governador intolerante com a oposição, movimentos sociais, imprensa e até com aliados, como nas ações para desmilinguir o PFL de Ronaldo Caiado e para isolar o ex-prefeito Nion Albernaz (PSDB).

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A última parceria

Tidos como imbatíveis, gênios da política, Marconi e Demóstenes revelaram-se na parceria com o contraventor Carlos Cachoeira. Os milhões investidos pelo bicheiro nas campanhas desmistificam, em parte, o sucesso de ambos. E é com atenção que o mundo politico – situação e oposição -, acompanham os movimentos do trio neste pleito. Os aliados temem que faltem  os recursos que tão ricamente abastareceram campanhas demo-tucanos estado afora nestes últimos 14 anos. A oposição acredita que o momento é favorável com Cachoeira na Papuda, Demóstenes fora de campo e Marconi amargando reprovação ao seu governo.

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A marchinha “'Bota o retrato do velho outra vez' de Haroldo Lobo e Marino Pinto, embalou a campanha que faria Getúlio Vargas voltar ao poder. Em Goiás, nestas eleições, vai ser difícil alguém botar o retrato da dupla Marconi-Demóstenes nos santinhos ou tocar nos carros-de-som o jingle “Tempo Novo”, que ao longo dos anos foi o hino dos demo-tucanos no Estado 

Marcus Vinícius é jornalista e edita o www.marcusvinicius.blog.br

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