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      R$ 2 milhões de Cachoeira podem levar Íris à CPI

      Ex-governador de Goiás é alvo de requerimento feito pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-G0); relatório da Polícia Federal aponta doação de R$ 2 milhões à campanha de Íris ao governo, em 2010, que pode ter sido feita por organização criminosa de Carlinhos Cachoeira; coordenador financeiro Sodino Vieira também deverá ser chamado

      R$ 2 milhões de Cachoeira podem levar Íris à CPI (Foto: Edição/247)
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      247 – Com base em reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo (abaixo), a respeito de doação, pelo esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira, de R$ 2 milhões para a campanha do então candidato a governador Íris Rezende, do PMDB, em 2010, o deputado federal Carlos Sampaio, do PSDB, requereu a convocação do próprio Íris e do à época coordenador financeiro de sua campanha, Sodino Vieira de Carvalho, à CPMI do Cachoeira.

      "Agora, também chegou ao conhecimento público que as possíveis relações mantidas pelo ex-governador Íris Rezende (PMDB-GO) com a organização criminosa comandada por contraventor Carlos Augusto Ramos", registrou o parlamentar em seu requerimento. "Segundo relatório

      da Polícia Federal, noticiado pela imprensa brasileira, o ex-governador teria sido um dos beneficiários da referida organização, tendo recebido R$ 2 milhões, por meio do Sr. Sodino Vieira de Carvalho, coordenador-geral da campanha do peemedebista ao Governo de Goiás em 2010", continou.

      O requerimento de convocação poderá será votado já na próxima reunião da CPI do Cachoeira, marcada para a próxima

      Abaixo, notícia do jornal O Estado de S. Paulo sobre o relatório da Polícia Federal que liga Cachoeira a Íris Rezende:

      "PF liga ex-governador ao esquema Cachoeira

      Sodino Vieira, principal doador de campanha de Íris Rezende (PMDB-GO), teria recebido R$ 2 milhões de Gleyb Ferreira, assessor do contraventor

      FÁBIO FABRINI / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo - Relatório da Polícia Federal aponta um auxiliar do ex-governador Íris Rezende (PMDB-GO) como beneficiário de depósitos da organização do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O documento diz que R$ 2 milhões teriam sido remetidos no início deste ano para Sodino Vieira de Carvalho, coordenador- geral da campanha do peemedebista ao Governo de Goiás em 2010.

      De acordo com a PF, as remessas integram um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas operado por Gleyb Ferreira da Cruz, um dos assessores próximos a Cachoeira. Por esse esquema,

      interessados em transferir recursos para o Brasil fariam depósitos bancários para a organização no exterior. No País, aliados do

      contraventor repassavam os valores aos destinatários, usando contas em nome de empresas e pessoas da quadrilha.

      As operações foram descobertas a partir da análise de e-mails nos quais Gleyb discute os repasses. Em algumas das mensagens, de fevereiro deste ano, o ex-jogador de futebol Alex Antônio Trindade indica a Gleyb contas de Sodino e três de seus filhos para os depósitos. Numa conversa do ex-jogador, interceptada pela PF, o candidato à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (PRB), é citado como dono de "sete milhões" a serem transferidos por meio do esquema. Parlamentares vão tentar convocar Russomanno e Trindade para prestar esclarecimentos à CPI.

      Ex-prefeito de Quirinópolis (GO) e ex-conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás, Sodino é braço direito de Íris Rezende e seu fiel doador de campanhas. Em 2010, contribuiu com quase R$ 38.600 para o peemedebista. Em 2004, foram R$ 31 mil.

      Como o Estado mostrou ontem, uma das empresas usadas no esquema de transferências operado por Gleyb, a Miranda e Silva Construções, recebeu R$ 10,9 milhões da Delta Construções e fez depósitos a uma assessora da primeira-dama de Palmas, a deputada estadual Solange Duailibe, casada com o prefeito Raul Filho (PT).

      Sodino diz que os depósitos indicados nos e-mails nunca foram feitos e não têm relação com sua atividade política. Segundo ele, Trindade negociou a compra de um sítio de sua propriedade, prometendo pagar os R$ 2 milhões acertados em 23 de fevereiro deste ano. Contudo, a transação, registrada em contrato, não se concretizou, pois o comprador não chegou a fazer os pagamentos. "Isso não tem nada a ver com o Íris ou com campanha."

      O ex-governador afirmou que não houve nenhuma negociação com o grupo de Cachoeira. "O Sodino foi vítima", informou.

      Localizado pelo Estado, Trindade confirmou a negociação para a compra do sítio. Alegou que pagaria a propriedade com a venda de letras do Tesouro Nacional no exterior. Por isso, repassou as contas de Sodino a Gleyb, que diz ser seu amigo. ontudo, não conseguiu vender os títulos. "Não conheço Cachoeira e nem sabia que Sodino era político."

      O ex-jogador alegou ainda que foi procurado por um negociante de títulos de São Paulo, chamado Fábio, interessado em fazer transferências para o Brasil, e o indicou a Gleyb. Numa conversa entre os três, por conferência, Fábio citou o candidato. "Nem conheço o Russomanno", disse, acrescentando que não sabe o sobrenome ou os contatos de Fábio."

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