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      Renan: Senado vai mudar regra para aposentadoria

      Presidente do Senado disse que "é papel" do Congresso "mudar a regra da progressividade" para o cálculo da aposentadoria, proposta ontem pela presidente Dilma Rousseff como alternativa ao fator previdenciário, "para que ela não acabe comendo o 85/95; "O fundamental é que a medida provisória seja aprimorada no Congresso Nacional. Ela parte do 85/95 e isso já é um avanço", disse Renan Calheiros (PMDB-AL); senador petista Paulo Paim (RS), crítico ferrenho do ajuste fiscal, disse que a "fórmula da progressão é inaceitável", "indecente"; "Não há nenhuma análise técnica que diga e prove, a mim e ao mundo, que a expectativa de vida aumenta um ano a cada ano", protestou

      Presidente do Senado disse que "é papel" do Congresso "mudar a regra da progressividade" para o cálculo da aposentadoria, proposta ontem pela presidente Dilma Rousseff como alternativa ao fator previdenciário, "para que ela não acabe comendo o 85/95; "O fundamental é que a medida provisória seja aprimorada no Congresso Nacional. Ela parte do 85/95 e isso já é um avanço", disse Renan Calheiros (PMDB-AL); senador petista Paulo Paim (RS), crítico ferrenho do ajuste fiscal, disse que a "fórmula da progressão é inaceitável", "indecente"; "Não há nenhuma análise técnica que diga e prove, a mim e ao mundo, que a expectativa de vida aumenta um ano a cada ano", protestou (Foto: Aquiles Lins)
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      Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil

      O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quinta-feira 18 que cabe ao Congresso Nacional mudar a medida provisória editada nesta quinta-feira pelo governo para evitar que a progressividade no cálculo das aposentadorias não "acabe comendo" a fórmula 85/95. "O fundamental é que a medida provisória seja aprimorada no Congresso Nacional. Ela parte do 85/95 e isso já é um avanço. O que precisamos é mudar a regra da progressividade para que ela não acabe comendo o 85/95. Esse é o papel do Congresso", disse Calheiros após a missa de corpo presente do ex-deputado Paes de Andrade, que morreu ontem (17).

      Já o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), considerou que a presidenta Dilma Rousseff encontrou uma solução "bastante razoável" para a regra das aposentadorias. "Foi importante, o governo compreendeu a decisão do Congresso mantendo o 85/95". Acrescentou que a regra de progressão acompanha o aumento da expectativa de vida da população. "É uma coisa absolutamente razoável", considerou Delcídio.

      O petista Paulo Paim (RS), contudo, fez duras críticas à fórmula de progressividade proposta pelo governo. "Analisei com calma e essa fórmula de progressão é indecente. Não há nenhuma análise técnica que diga e prove, a mim e ao mundo, que a expectativa de vida aumenta um ano a cada ano. Isso é inaceitável".

      De acordo com o senador gaúcho, o congresso tem três alternativas: derrubar o veto, mantê-lo e suprimir a regra da progressividade proposta pelo governo ou manter a regra 85/95 para quem já está no mercado de trabalho e definir a fórmula 90/100 para aqueles que ainda vão começar a trabalhar.

      Com a edição da MP, a nova regra para o cálculo das aposentadorias começa a valer imediatamente, com a chamada fórmula 85/95. A partir de agora, para se aposentar com direito ao benefício integral, o trabalhador deve somar o tempo de contribuição e a idade até chegar a 85 anos, paras mulheres, e 95 anos, no caso dos homens. A partir de 2017, segundo a MP, o cálculo será acrescido de um ponto a cada dois anos, até 2019. Daí em diante, um ponto a cada ano até chegar a 90 (mulheres)/100 (homens), em 2022.

      Pelo cálculos do governo, a regra da progressividade atrelada à fórmula 85/95 reduzirá o impacto nas contas da Previdência em R$ 50 bilhões, até 2026. Com o novo cálculo da aposentadoria, o governo estima diminuir em 0,5 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todas as riquezas do país – o gasto com o pagamento do benefício a partir de 2030. A equipe econômica não prevê impacto no superávit primário e acredita em estabilização do sistema previdenciário.

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