Ruralistas chamam Bolsonaro de “radical, genérico e inconsistente”
O deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) foi recebido em almoço na sede da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília, mas não convenceu; “Radical”, “genérico” e “inconsistente” foram alguns dos adjetivos usados pelos deputados ruralistas para definir o convidado. discursos contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e a promessa de distribuir fuzis para fazendeiros enfrentarem “invasores” não foram suficientes para agradar aos ruralistas
247 - O deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) foi recebido em almoço na sede da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília, mas não convenceu. “Radical”, “genérico” e “inconsistente” foram alguns dos adjetivos usados pelos deputados presentes para se referir ao convidado. Discursos contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e a promessa de distribuir fuzis para fazendeiros enfrentarem “invasores” não foram suficientes para agradar aos ruralistas.
Para o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), o radicalismo de Bolsonaro traz insegurança. Segundo o tucano, a campanha eleitoral de 2018 começa como uma guerra de marketing - os candidatos estão mais preocupados em dar declarações que comovam a opinião pública do que fazer análises profundas. Ainda de acordo com Sávio, o agronegócio é estigmatizado. "O setor agropecuário não pode e não tem o egocentrismo de pensar o Brasil só sob o olhar do campo e da produção. Olhamos questões como saúde, educação e segurança”, completou.
Bolsonaro afirmou que saiu do almoço “confiante” e estimou que 90% dos presentes o receberam bem. Sobre os comentários de Sávio, Bolsonaro rebateu ao seu estilo: “Quero ver se esse vaselina vai resolver o problema da violência. Ele que apresente uma solução”, afirmou. Caso seja eleito, Bolsonaro entregará o Ministério da Agricultura de “porteira fechada” para o setor indicar técnicos, do ministro aos assessores. O deputado Luiz Nishimori (PR-PR) disse ter gostado do discurso de Bolsonaro, mas diz que o ministro da Agricultura ser escolhido pelo setor "é algo usual”.