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Poder

Sarney emplaca seu 2º ministro do Turismo

Deputado Gasto Vieira (PMDB-MA), apadrinhado de Jos Sarney, sucede Pedro Novais, apadrinhado de Jos Sarney; novo ministro foi secretrio no governo Roseana Sarney; PMDB tentou abrir mo da nomeao, mas presidente Dilma insistiu em nome; j viu: Sarney foi l e... craw!

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Pela quinta vez em oito meses de governo, a presidente Dilma Rousseff demitiu um de seus ministros. O titular do Turismo, deputado federal Pedro Novais (MA), que fora levado até a Esplanada abençoado pelo PMDB, entregou sua carta de demissão por volta das 18h. No final da noite, o partido indicou, depois de uma disputa acirrada entre as facções da legenda, o deputado Gastão Vieira, apadrinhado do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

Desgastado dentro do governo desde que o Estado mostrou, ainda antes de sua posse, que ele havia usado a verba indenizatória da Câmara para cobrir despesas pessoais em um motel, Novais não resistiu à revelação de que usara também a verba para bancar uma empregada particular e o motorista de sua mulher, como mostrou reportagem do jornal Folha de S.Paulo.

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Entre uma revelação e outra, a Operação Voucher, deflagrada pela Polícia Federal, prendeu em agosto o então secretário executivo do ministério, Frederico Costa, e ampliou o desgaste. Nos últimos dias, Novais perdeu apoio também dentro do PMDB e se tornou vítima da “faxina” promovida pelo Palácio do Planalto, que tem como alvo funcionários suspeitos de irregularidades.

Vaga aberta. A quinta baixa na equipe ministerial abriu uma disputa na cúpula do PMDB, com o vice-presidente Michel Temer e o líder na Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (RN), protagonizando uma queda de braço para fazer o sucessor de Novais.

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Depois de um dia nervoso de negociações entre o Palácio do Planalto, a cúpula do PMDB e a bancada do partido na Câmara, os peemedebistas ainda tentaram passar a bola à presidente. Por volta das 20h, Temer levou a Dilma a decisão da bancada de não sugerir ninguém, deixando para ela o eventual desgaste da escolha entre os 80 deputados.

Dilma não aceitou a proposta que “imunizaria” o escolhido e fez seu vice voltar ao PMDB para lhe trazer um nome. O escolhido, então, foi ex-secretário de Educação do governo Roseana Sarney no Maranhão, que sempre focou sua atuação parlamentar no setor educacional.

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Alves fez duas investidas para emplacar um nome de sua preferência no ministério, mas não foi bem sucedido em nenhuma delas. Primeiro, trabalhou para impor ao governo o nome do deputado Marcelo de Castro (PMDB-CE), que acabara de perder a liderança do governo no Congresso para o senador petista José Pimentel (CE), mas, diante das resistências do Palácio do Planalto, foi desaconselhado por Temer a fazê-lo.

Depois, tentou fazer o deputado Manoel Júnior (PMDB-PB) ministro. Uma velha raposa política do partido explicou que a tática neste caso era a de tornar forte um nome fraco, para que a presidente Dilma acabasse refém da bancada do PMDB no ministério.

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Foram nove horas de idas e vindas em que o PMDB e governo tentaram chegar a uma solução de consenso, sem contudo encontrar um nome que fosse, ao mesmo tempo, ‘palatável’ ao Palácio do Planalto, ao líder, ao vice e ao conjunto da bancada. Dilma exigia que a escolha fosse ‘segura’, livrando o governo em novas denúncias de corrupção. Deixou claro que queria ‘um ministro que fique’.

No final do dia, pelo menos oito nomes haviam desfilado pela lista de ministeriáveis do PMDB, que incluiu até o ministro de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco. Entre os deputados mais cotados estavam, além de Gastão Vieira, os deputados Manoel Júnior (PB), e Lelo Coimbra (ES). Mas também foram cogitados e descartados os nomes de Leonardo Quintão (MG) e Leandro Vilela (GO).

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A profusão de deputados candidatos foi resultado de uma reunião pela manhã do líder Henrique Alves com o colégio de vice-líderes do PMDB, arrancando de todos, um critério para a escolha de seu substituto no Turismo: o indicado deveria ser detentor de mandato parlamentar e seu nome teria que passar pelo crivo da bancada.

 

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  Abaixo, matéria de 247 a respeito da força de Sarney no governo Dilma:

 

Rodolfo Borges_247, de Brasília – Ele voltou. E com força renovada. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ocupou o vácuo deixado pela saída de Antonio Palocci da Casa Civil e vai se reafirmando como a maior força política da Praça dos Três Poderes. O presidente do Senado vem articulando com mais destaque assuntos importantes para o governo, como a discussão sobre o sigilo eterno dos documentos, os royalties do pré-sal e as nomeações para a segundo escalão.

Na última segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff decidiu retirar o regime de urgência para a votação do projeto de lei sobre o assunto, a pedido de Sarney. Nesta quarta-feira, o presidente do Senado defendeu uma “distribuição mais racional” dos royalties do pré-sal, em reunião com governadores do Norte e Nordeste. Talvez a atuação faça parte do “novo jeito de governar, um novo desenho do governo” que Sarney disse que Dilma precisaria estabelecer depois da queda de Antonio Palocci.

“Não se pode prejudicar o que já foi concedido, mas daqui para a frente tem que ter uma distribuição mais racional”, disse o presidente do Senado após reunião com os governadores. “Temos que encontrar uma forma na qual a riqueza do pré-sal possa ser redistribuída por todo o país”, completou. Segundo os governadores, Dilma não manifestou uma opinião sobre o assunto, mas apenas vontade de chegar a um consenso. Pois Sarney já deu seu recado e sua posição diverge da do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Enquanto candidata, Dilma era contra a divisão dos royalties na forma como foi aprovada na Câmara.

No caso do sigilo eterno dos documentos, o presidente do Senado conseguiu alterar o ritmo da tramitação do projeto de lei que trata do tema. “Acho que não podemos fazer WikiLeaks da história do Brasil, da construção das nossas fronteiras. Quanto a documentos atuais, esses aí eu não tenho nenhuma restrição. Acho que devem ser abertos, publicados. Eu quero é melhorar o projeto, eu não quero que o projeto não exista”, disse o presidente do Senado na terça-feira, um dia depois de Dilma seguir seu conselho de não votar o projeto de lei com urgência.

O peso de Sarney também pode ser sentido nas nomeações para o segundo escalão, tema das conversas entre o senador e a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. “Nós sabemos da necessidade de resolver nomeações, vamos fazê-lo na maior agilidade possível, sabemos também dos critérios técnicos que a presidenta exige e vamos procurar fazê-los dentro desses critérios”, disse Ideli, na terça-feira, dia em que se reuniu com o presidente do Senado.

Sarney é o líder de um movimento do PMDB em direção ao Palácio do Planalto. O recado foi dado pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL). “É hora de fazer um redesenho da articulação política do governo. E o PMDB quer e vai participar”, avisou Renan depois da queda de Palocci. O partido ainda conta com o auxílio luxuoso do vice-presidente Michel Temer. E este do lado de dentro do Palácio.

 

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