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Sarney negocia 48 cargos no governo

Em 24 horas, o presidente do Senado muda sua posio sobre o oramento fechado da Copa de 2014; a conquista de posies para o PMDB tem a ver com isso

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Márcio Kroehn, 247_José Sarney precisou de 24 horas para mudar de opinião. Até a meia-noite da segunda-feira 20, o presidente do Senado contrariava a posição da presidente Dilma Rousseff, que defendia o sigilo no orçamento das obras para a Copa do Mundo de 2014. O presidente do Senado parecia irredutível. Declarava que não tinha sido esclarecido sobre porque algumas obras públicas precisavam ter suas contas abertas enquanto outras deveriam ser fechadas. Mas o argumento da presidente Dilma já era conhecido: evitar corrupção e combinação de preços. Sarney fez que não ouviu a explicação e abriu as portas para o que ele precisava. “Acho que há sempre um espaço para negociação, de maneira que pode ser feito acordo aqui dentro do Senado", ressaltou. Na terça-feira, Sarney voltou a concordar com a presidente Dilma e garantiu o apoio dele e de seu partido, o PMDB, ao projeto da base governista. O que será que ele conseguiu para voltar atrás?

Brasil 247 já tinha adiantado que o presidente do Senado tinha conseguido, com muita habilidade, ocupar o espaço deixado pela saída do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Rápida e silenciosamente, Sarney aparece como a maior força política de Brasília e, com seu conhecimento sobre os assuntos importantes do Governo, ele vem conseguindo ser o fiel da balança para o dia a dia do País. Desta vez, o PMDB cobrava 48 cargos no segundo e terceiros escalões do Governo. Essa promessa estava pendente há seis meses e Sarney soube esperar a hora certa para exigir atenção às necessidades do partido. Uma lista com 55 nomes já estava na mesa de Palocci, mas só estava fazendo volume. Agora, com um tema importante para ser aprovado pelo Senado, Sarney, ao que tudo indica, conseguiu o que queria.

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Ontem, a ministra da secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, está reunida com dois nomes de peso do PMDB: a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman, e o líder do partido no Senado, Romero Jucá. Os detalhes para essa reunião foram acertados no final da segunda-feira. E Jucá disse que o partido colocaria em dia as reivindicações que estavam pendentes. Pela mudança de rumo na posição de Sarney – e do PMDB – a negociação para os 48 cargos está fechada.

Esse é mais um capítulo da força de Sarney no governo Dilma. Nas últimas semanas, ele conseguiu adiar a urgência pedida pela presidente para a distribuição de royalties do pré-sal. Sarney tem articulado com seus aliados políticos no Norte e Nordeste, que pedem uma distribuição racional dos recursos. “Temos que encontrar uma forma para que a riqueza do pré-sal seja redistribuída por todo o país”, diz ele. Outras importantes decisões do Governo, como o sigilo dos documentos do regime militar e as nomeações do segundo escalão parecem estar sob o controle do presidente do Senado.

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