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Sem cargos, deputados do centrão podem detonar Temer na segunda denúncia

Partidos da base aliada que têm sido preteridos na distribuição de cargos do segundo ou terceiro escalão do governo federal não devem fechar questão na votação de uma provável segunda denúncia contra Michel Temer, disseram à Reuters duas fontes

Partidos da base aliada que têm sido preteridos na distribuição de cargos do segundo ou terceiro escalão do governo federal não devem fechar questão na votação de uma provável segunda denúncia contra Michel Temer, disseram à Reuters duas fontes (Foto: Gisele Federicce)
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BRASÍLIA (Reuters) - Partidos da base aliada que têm sido preteridos na distribuição de cargos do segundo ou terceiro escalão do governo federal não devem fechar questão na votação de uma provável segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, disseram à Reuters duas fontes.

O nível de insatisfação dos governistas subiu nesta segunda-feira, segundo essas fontes, após Temer ter nomeado um indicado de parte do PSB, Antônio Avelino Rocha, para presidir a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

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O cargo, um dos principais do segundo escalão e com orçamento bilionário, era assediado por parlamentares de partidos que, na primeira denúncia, votaram em peso para barrar o avanço da acusação contra Temer. Entretanto, o PSB emplacou a indicação, mesmo só tendo dado 11 votos favoráveis ao presidente, além de duas ausências que também favoreciam o peemedebista, de um total possível de 35.

Na primeira votação, partidos do chamado centrão --como PR, PP, PSD, PTB e PRB-- decidiram fechar questão a favor de Temer, medida que abriria espaço para punir infiéis que não seguissem a orientação partidária. Na segunda denúncia, entretanto, não há certeza se esse comportamento será repetido.

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"Com certeza se isso continuar, não vai haver fechamento de questão", avisou um líder de um partido da base à Reuters, sob a condição do anonimato. "Não dá para entender muito, o presidente deve ter uma conta aí que a gente não sabe qual é", ironizou outro dirigente partidário.

Inicialmente, logo após a votação da primeira denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, os partidos da base mais fiéis receberam sinais do governo de que iria ocorrer uma reforma ministerial para punir partidos que não apoiavam maciçamente Temer, como o PSDB e o PSB.

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Depois, contudo, o presidente garantiu a posição dessas duas legendas na Esplanada dos Ministérios e os partidos do centrão passaram a apostar em trocas no segundo e terceiro escalões do governo. A nomeação de um nome para o comando da Codevasf do PSB, bancada que nem sequer a metade apoiou Temer na primeira votação, acendeu o sinal de alerta no centrão.

PREVIDÊNCIA

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Um importante dirigente partidário afirmou à Reuters que, sem a mexida no governo, a votação da reforma da Previdência não vai avançar, seja o texto que está parado no plenário da Câmara desde maio, pouco antes de vir à tona a delação da JBS, ou uma versão mais enxuta, que contemplaria apenas a adoção da idade mínima para a aposentadoria.

"Se falar em reforma da Previdência agora é uma piada, a gente nem discute", afirmou esse dirigente, para quem o governo não tem os 308 votos necessários para aprovar o texto no plenário da Câmara.

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