Serra: proposta de plebiscito é "absurda"
Para o tucano, presidente Dilma Rousseff se sente acuada, então atira para todos os lados; no programa Roda Viva, ele afirmou ainda que a petista é suscetível à influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do marqueteiro João Santana. Quanto aos protestos em São Paulo, ex-governador disse que não teria feito como Geraldo Alckmin, que no início do ano atendeu, ao lado do prefeito Fernando Haddad (PT), a um pedido do Planalto para adiar o reajuste das passagens de metrô e trens para não pressionar a inflação: "Teria feito o reajuste em janeiro, como sempre se faz"
247 – Em entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura, o ex-governador José Serra (PSDB-SP) classificou como "absurda" a proposta da presidente Dilma Rousseff de fazer um plebiscito para convocar uma Constituinte exclusiva para realizar a reforma política.
"Achei um absurdo. A presidente se sente acuada, então atira para todos os lados", disse o tucano.
Para ele, é "fora da realidade" e "sem pé nem cabeça" a realização do plebiscito. "Tem que aprovar uma lei no Congresso Nacional. Se aprovar, marcar a data, fazer horário eleitoral para o povo ir votar. Quanto demora? Seis meses. Depois tem que eleger os membros da Constituinte. Em pleno ano eleitoral [2014], uma confusão dessas, porque ela ouviu falar em reforma política?", questionou.
Tucano sugere que um projeto de reforma política deveria ser enviado diretamente ao Congresso pelo governo.
Ele afirmou ainda que a presidente é suscetível à influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do marqueteiro João Santana.
Quando questionado sobre os protestos contra as tarifas do transporte público, o tucano disse que não teria feito como o governador Geraldo Alckmin, seu colega de partido, que no início do ano atendeu – junto com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) – a um pedido de Dilma para adiar o reajuste das passagens de metrô e trens para não pressionar a inflação.
"Teria feito o reajuste em janeiro, como sempre se faz", afirmou. Ele considerou "inevitável" a revogação do aumento após os protestos.
Ele se esquivou de pergunta sobre o apoio ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), mas afirmou que "hoje" não está em seus planos deixar o PSDB. Amanhã, quem sabe?
Serra vem sendo cogitado como eventual presidenciável pelo Mobilização Democrática, partido que está sendo criado por Roberto Freire (PPS/PE).
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