Serra sai da toca e tenta entrar no jogo de 2014
A crise das ruas deu novo ânimo ao tucano José Serra, que quer provar que ainda pode entrar no jogo político de 2014; pelo Twitter, ele criticou duramente o prefeito Fernando Haddad e qualificou como "farsas" suas promessas de campanha na área dos transportes, como o bilhete único mensal; em Veja, ele conseguiu espaço para publicar um artigo de nada menos do que 11 páginas para falar de um intelectual relativamente pouco conhecido fora dos círculos acadêmicos; hoje, ele vai ao Roda Viva, onde talvez assuma o discurso de oposição radical a Dilma, mas também da ordem
247 - José Serra ainda está vivo. E fará de tudo para entrar no jogo político de 2014. De preferência, como candidato à presidência da República, enfrentando Aécio Neves, no PSDB, ou se aventurando na Mobilização Democrática, de Roberto Freire.
Animado com o calor das ruas, que coloca pressão sobre o governo Dilma, Serra reaparece em várias frentes simultâneas. Pelo Twitter, ele decidiu atacar duramente o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. "Aqui em São Paulo, promessas de campanha, como baratear tarifas e fazer o bilhete único mensal, mostraram-se verdadeiras farsas", disse ele. "Em todo o país, além dos pleitos locais específicos, há desesperança e saturação. Os jovens estão certos, é preciso mudar o Brasil".
No Twitter, um instrumento pessoal de comunicação, Serra pode expor o que bem entender. Mas o mais surpreendente neste fim de semana foi o espaço concedido, a ele, pela revista Veja. Numa publicação de interesse geral, Serra conseguiu nada menos que 11 páginas para escrever um ensaio sobre o cientista político Albert O. Hirschman, um intelectual alemão relativamente pouco conhecido fora dos círculos acadêmicos. Ou seja: o espaço de Veja não foi concedido a Hirschman, mas sim a Serra.
No ensaio, chamado "Navegando contra o vento", Serra faz uma metáfora pessoal no título, mas talvez pressinta que o vento possa estar, agora, virando a seu favor. Diz ele que "os grandes movimentos se dão mesmo é nas camadas profundas da sociedade e da alma humana". E reafirma um dos seus mantras, dizendo que a política não é a arte do possível, mas sim de ampliar os limites do possível.
Nesta segunda-feira, ele terá ainda mais um palco para se recolocar no jogo político. Serra será o entrevistado do programa Roda Viva, da TV Cultura, onde deve bater duro no governo Dilma. Ele irá apoiar os protestos, mas talvez assuma um discurso ainda sem dono no País: o da defesa da ordem.
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