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Silêncio de Bolsonaro escancara incompetência do governo diante da crise, apontam parlamentares

Falta de uma mensagem ou declaração do presidente Jair Bolsonaro voltou a chamar a atenção de congressistas após a economia mundial viver um dia de caos

(Foto: Alan Santos - PR)
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Por Nathália Bignon, para o 247 - A falta de uma mensagem ou declaração do presidente Jair Bolsonaro voltou a chamar a atenção de congressistas após a economia mundial viver um dia de caos. Depois do petróleo registrar a maior queda desde a Guerra do Golfo, em 1991, em razão do acirramento das relações entre Arábia Saudita e Rússia, a Bolsa de Valores brasileira despencar mais de 10% e o dólar comercial bater R$ 4,78 no país, o silêncio do Planalto foi considerado “ensurdecedor”. 

“Sinais de caos na economia. E nenhuma palavra do presidente Jair Bolsonaro sobre providências, ações. Incompetência absoluta escancarada”, declarou o vice-líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (MA). 

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Líder do PSB na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (RJ) chamou de “lorota” a tentativa de Jair Bolsonaro de questionar a contagem de votos nas eleições de 2018.  “Bolsonaro vai pedir música no Fantástico! Já tentou disfarçar o desastre da economia do seu governo com manifestação, com briga com o Congresso e, agora, inventa essa lorota de fraude eleitoral, de que venceu no primeiro turno”, apontou.

Já a deputada Maria do Rosário (PT-RS) recordou o silêncio do ministro da Economia, Paulo Guedes, maior aposta de Bolsonaro para reverter o quadro da economia do país e as reformas sequenciais defendidas pelo chefe da pasta. “Tranquilidade de quem destruiu R$ 74 bilhões do patrimônio público brasileiro, da Petrobras, só hoje. Nenhuma medida para proteger o país da crise internacional. E este discurso de reformas? Nenhuma feita até agora trouxe qualquer resultado positivo para o Brasil! Samba de uma nota só?”, questionou. 

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Economista, o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) aproveitou o momento para cobrar uma nova proposta econômica. “Precisamos de responsabilidade na condução da política econômica! Chega de palhaçada! Precisamos de uma nova agenda econômica para o Brasil. Após cinco anos de política econômica ultraliberal, é irresponsabilidade continuar com a mesma agenda!”.

Líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pediu mais compromisso com a verdade e com o país. Presidente Jair Bolsonaro, enquanto o senhor não apresenta as ‘provas' de fraude eleitoral, que tal usar um pouco seu tempo “livre” e trabalhar? Quem sabe apresentar soluções para a crise econômica? Ou parar de fazer acordo com o congresso via PLN4, abrindo mão de 15 bilhões?”, disse, referindo-se ao projeto em discussão há duas semanas no Congresso sobre o controle de R$ 30 bi do Orçamento.

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Presidente nacional do Cidadania, o deputado Roberto Freire (SP) foi mais um a recordar da falta de pronunciamento do ministro da economia. “Bolsa cai 12%, dólar vai a R$ 4,72, Petrobras desaba, risco país dispara. Só Guedes está ‘de boa'. Mundo racional está tudo, menos tranquilo com pibinho e desemprego. País precisa ir além das reformas, mas Bolsonaro tá na Flórida e Guedes, no mundo da lua”, declarou. 

Senadora Kátia Abreu (PDT-TO) pediu foco ao Brasil e alertou a gravidade da situação. “Quero saber a quem interessa, na altura do campeonato (sic), o debate de eleições fraudadas. Tiveram um ano pra denunciar e não fizeram. Isso não resolve problema da fome, de quem perdeu emprego ou de quem não tem o gás pra fazer almoço amanhã. O momento é de muita gravidade”, disparou. 

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Representante do PSOL, a deputada Talíria Petrone (RJ) foi outra parlamentar a escancarar a quem importa as reformas defendidas por Guedes. “Dia de caos no setor financeiro: dólar a quase R$4,80, bolsa de SP e Petrobras despencam. Enquanto isso, Guedes segue defendendo reformas como forma de melhorar a economia. Já afirmamos diversas vezes que as reformas desse governo só servem para privilegiar os mais ricos. Só isso.”, escancarou. 

Em entrevista a jornalistas, nesta segunda-feira (9), Paulo Guedes voltou a defender que a melhor resposta à crise são as reformas. Segundo ele, a reforma administrativa pode ser enviada ao Congresso Nacional ainda esta semana, após o retorno do presidente dos Estados Unidos. Com presença prevista na reunião da Comissão Mista da Reforma Tributária nesta quarta-feira, o ministro da Economia prometeu enviar contribuições à reforma tributária até a próxima semana.

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