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Silêncio de Marina sobre clientes lembra Palocci

Recolhida para gravar programas de TV neste domingo, a ex-senadora Marina Silva não foi perguntada sobre sua empresa que, nos últimos três anos, faturou R$ 1,6 milhão com palestras; ao que tudo indica, ela manterá a decisão de não revelar quem são seus clientes, em razão de cláusulas de confidencialidade nos contratos; o silêncio poderá preservar a identidade de financiadores já públicos e notórios de Marina, como o Itaú e a Natura, mas não contribui para a transparência do processo eleitoral; no início do governo Dilma, o então ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, caiu por se negar a revelar a identidade dos clientes; naquela época, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) cobrou os nomes; será que fará o mesmo em relação a Marina?

Recolhida para gravar programas de TV neste domingo, a ex-senadora Marina Silva não foi perguntada sobre sua empresa que, nos últimos três anos, faturou R$ 1,6 milhão com palestras; ao que tudo indica, ela manterá a decisão de não revelar quem são seus clientes, em razão de cláusulas de confidencialidade nos contratos; o silêncio poderá preservar a identidade de financiadores já públicos e notórios de Marina, como o Itaú e a Natura, mas não contribui para a transparência do processo eleitoral; no início do governo Dilma, o então ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, caiu por se negar a revelar a identidade dos clientes; naquela época, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) cobrou os nomes; será que fará o mesmo em relação a Marina? (Foto: Leonardo Attuch)
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247 - Em 2011, primeiro ano do governo Dilma, uma reportagem da Folha de S. Paulo revelou ao País a existência de uma consultoria chamada Projeto. Ela pertencia ao então ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, e havia sido criada por ele após sua queda do Ministério da Fazenda, ainda no governo Lula.

Quando estourou o caso, Palocci foi insistentemente cobrado a revelar quem eram seus clientes, para rechaçar qualquer suspeita de tráfico de influência. O ex-ministro, no entanto, decidiu preservar a identidade de seus clientes, alegando cláusulas de confidencialidade em seus contratos. Resultado: foi demitido do governo Dilma, depois que sua situação se tornou insustentável.

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Àquela época, Palocci foi alvo de uma saraivada de críticas da oposição e de uma incessante cobrança dos meios de comunicação para que abrisse seus clientes. Até mesmo o senador Aécio Neves (PSDB-MG) assumiu um discurso nessa direção. "É preciso, e eu acho que o próprio ministro tem interesse nisso, que se saiba quais os serviços foram prestados, quais empresas fizeram a contratação. Mas vamos aguardar com serenidade. Não é nosso interesse criar um movimento de desestabilização do governo", afirmou, em maio de 2011.

Neste domingo, a Folha de S. Paulo revelou a existência de outra empresa: a M. O. M. da S. V. de Lima, que tem as iniciais de Marina Silva e comercializa suas palestras. Em três anos, Marina ganhou R$ 1,6 milhão de clientes que pagaram para ouvi-la. No entanto, a ex-senadora, que concorre à presidência da República pelo Partido Socialista Brasileiro, decidiu usar o mesmo argumento de Antônio Palocci em 2011 e omitir a identidade de seus clientes, alegando que os contratos possuem cláusulas de confidencialidade.

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É provável que, entre os apoiadores de Marina nos últimos três anos, estejam financiadores já públicos e notórios, como o Itaú e a Natura. Portanto, não seria surpresa alguma se os nomes dessas duas empresas aparecessem na lista de contratantes da M. O. M. da S. V. de Lima Ltda. No entanto, ao ocultar quem são seus clientes, Marina não contribui em nada para o princípio da transparência, tão valorizado na sua "nova política".

Será que Aécio, que cobrou Palocci, irá cobrar Marina? E o que esperar da presidente Dilma? Os próximos dias dirão se as campanhas dos candidatos de PT e PSDB estão, de fato, dispostos a desconstruir a candidata Marina.

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Mais um detalhe: comparar a situação de Marina à dos ex-presidentes Lula e FHC, que também fazem palestras, não é apropriado. Lula e FHC se tornaram palestrantes depois de deixar o poder – e não antes. É uma diferença fundamental.

 

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