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      Singer: Câmara endossou Costa sobre financiamento

      Para o cientista político André Singer, ao aprovar a constitucionalização do financiamento privado de campanhas, a Câmara respondeu de maneira clara a pergunta feita há três semanas por Paulo Roberto Costa; "Em depoimento à CPI da Petrobras, o ex-diretor de Abastecimento sintetizou: "Para que uma empresa vai doar R$ 20 milhões para uma campanha se ela não tiver algum motivo na frente para cobrar isso?" Resposta: 330 deputados preferem as cobranças e os aportes dos grandes patrocinadores a ter que sobreviver com o apoio de contribuintes individuais", afirmou

      Para o cientista político André Singer, ao aprovar a constitucionalização do financiamento privado de campanhas, a Câmara respondeu de maneira clara a pergunta feita há três semanas por Paulo Roberto Costa; "Em depoimento à CPI da Petrobras, o ex-diretor de Abastecimento sintetizou: "Para que uma empresa vai doar R$ 20 milhões para uma campanha se ela não tiver algum motivo na frente para cobrar isso?" Resposta: 330 deputados preferem as cobranças e os aportes dos grandes patrocinadores a ter que sobreviver com o apoio de contribuintes individuais", afirmou (Foto: Aquiles Lins)
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      247 - O cientista político André Singer criticou neste sábado, 30, a aprovação pela Câmara dos Deputados da constitucionalização do financiamento de empresas aos partidos.

      Segundo Singer, a Câmara Federal respondeu de maneira clara a pergunta decisiva emitida três semanas antes por Paulo Roberto Costa. "Em depoimento à CPI da Petrobras, o ex-diretor de Abastecimento sintetizou: "Para que uma empresa vai doar R$ 20 milhões para uma campanha se ela não tiver algum motivo na frente para cobrar isso?" Resposta: 330 deputados preferem as cobranças e os aportes dos grandes patrocinadores a ter que sobreviver com o apoio de contribuintes individuais", afirmou.

      O cientista político da Universidade de São Paulo comentou também os efeitos da aprovação do financiamento privado de campanhas na votação do Supremo Tribunal Federal sobre o assunto.

      "Se de fato incluída na Constituição, a cláusula aprovada nesta semana poderá tornar sem efeito a maioria que existe no STF contra a doação de empresas. Este é, aliás, o seu objetivo. Configura-se como manobra conjugada com o longo pedido de vistas por parte de Gilmar Mendes, o qual impediu que o tribunal até aqui se pronunciasse a respeito", afirma.

      "Trata-se de duro golpe contra a democracia. Nunca está demais repetir que, ao perpetuar o sistema de financiamento empresarial, opera-se uma espécie de sequestro da política. Embora formalmente eleitos pelo voto de cada um de nós, na realidade os representantes respondem aos poucos que controlam os recursos com os quais são feitas as campanhas. Isso esvazia o debate democrático, uma vez que as decisões são tomadas em lugares inacessíveis, para os quais o cidadão comum nunca é convidado."

      Leia aqui o artigo na íntegra de André Singer, publicado na Folha de S. Paulo.

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