STF autoriza 3º inquérito para investigar Cunha
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de um terceiro inquérito no STF para investigar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); Zavascki atendeu ao pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que quer saber se o deputado cometeu crimes de corrupção e lavagem de dinheiro; a suspeita é de que o parlamentar tenha solicitado e recebido propina do consórcio formado por Odebrecht, OAS e Carioca Christiani Nielsen Engenharia - que atuava na obra do Porto Maravilha - no montante de cerca de R$ 52 milhões; o ministro também autorizou a coleta de provas
247 - O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de um terceiro inquérito no STF para investigar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no âmbito da Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção na Petrobras.
Zavascki atendeu ao pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que quer saber se o deputado cometeu crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
A suspeita da PGR é de que o parlamentar tenha solicitado e recebido propina do consórcio formado por Odebrecht, OAS e Carioca Christiani Nielsen Engenharia - que atuava na obra do Porto Maravilha - no montante de cerca de R$ 52 milhões.
Os recursos seriam vantagens indevidas pela aquisição de títulos da prefeitura do Rio de Janeiro pelo Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS). Segundo as investigações, Cunha era próximo do então vice-presidente da Caixa Fábio Cleto, que integrava o conselho curador do FGTS. O dinheiro do fundo seria utilizado para permitir as obras do porto.
Além de abrir o inquérito, o ministro Teori Zavascki também autorizou a coleta de provas.
A investigação da Procuradoria se baseia nas delações premiadas dos empresários da Carioca Engenharia Ricardo Pernambuco Júnior e do pai dele Ricardo Pernambuco.
Dentro do mesmo inquérito, o procurador quer apurar doações intermediadas por Eduardo Cunha feitas ao ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Isso porque, segundo os delatores da Carioca, Cunha teria pedido doação para sua campanha, mas, diante da impossibilidade apresentada pela empresa, o agora presidente da Câmara solicitou doação para Henrique Alves. E que a empresa teria repassado R$ 300 mil para campanha ao governo do Rio Grande do Norte em 2014.
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