Temer instala plantas na entrada do Jaburu para esconder quem o visita
Para tentar tornar ainda mais secretos seus encontros de articulação política, como os que frequentemente tem com o ministro do STF Gilmar Mendes, Michel Temer mandou instalar um "corredor verde" bem em frente ao corredor da entrada principal do Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência, onde mora com a família; as plantas ornamentais encobriram boa parte da visão das lentes de fotógrafos e cinegrafistas que fazem plantão em frente ao local
247 - Tentando se manter no Planalto a qualquer custo, Michel Temer intensificou sua agenda de encontros de articulação política. O peemedebista, que já não costuma registrar muitas dessas reuniões em sua agenda pública, conforme manda a lei, resolveu torná-las ainda mais secretas: mandou instalar um "corredor" verde bem na entrada do Palácio do Jaburu, sua residência.
As plantas ornamentais providenciadas pelo governo encobriram boa parte da visão das lentes de fotógrafos e cinegrafistas que fazem plantão em frente ao Jaburu para monitorar quem entra na residência oficial. Agora, é possível apenas, de relance, olhar os visitantes no momento em que eles desembarcam dos veículos. Os passos que eles dão em direção ao palácio ficaram encobertos pelas folhas.
"Neste domingo, houve uma pequena movimentação na residência oficial, mas não foi possível identificar a identidade dos visitantes em razão do paredão verde. A assessoria do Planalto não informou quem eram as pessoas que foram ao Jaburu neste domingo.
Foi no mesmo Palácio do Jaburu que Temer recebeu em março, na calada da noite e sem registro na agenda oficial, o empresário Joesley Batista, um dos donos do frigorífico JBS.
Na ocasião, Joesley gravou a conversa com o presidente na qual revelou crimes e, segundo o Ministério Público, obteve aval para continuar pagando mesada ao deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba pela Operação Lava Jato, para evitar que ele fechasse delação premiada com os procuradores. Depois, o empresário entregou a gravação à Procuradoria Geral da República para negociar uma colaboração premiada."
As informações são de Matheus Leitão no G1.
