Temer: “Não podemos romper a estabilidade institucional”
A empresários, em São Paulo, vice-presidente ataca o que chamou de "crise institucional"; segundo Michel Temer, "governo sabe e quer conviver com a contestação, mas nos limites da democracia"; ao grupo de líderes empresariais, presidido por João Doria Jr., Temer enalteceu conquistas da Constituição de 1988; "Quando vejo gente pedindo a volta dos militares digo que não é bom nem para o Brasil nem para os militares"
247 – A uma plateia de 400 integrantes do Grupo de Líderes Empresariais, formado por empresas com faturamento anual superior a R$ 200 milhões, o vice-presidente Michel Temer defendeu uma reforma política como forma de atualizar "o avanços estabelecidos pela Constituição de 1988".
- O Brasil tem hoje 32 partidos, mas é claro que não tem 32 correntes de opinião. Temos de mudar isso e estabelecer o voto distrital para o público ser melhor representado e a democracia ganhar mais força, disse Temer.
Ele não evitou tratar do momento atual, de tensão para o governo, em razão do julgamento das contas eleitorais da presidente Dilma Rousseff e dele próprio, como candidato a vice.
- Comigo não há nenhum problema, afiançou.
- Sobre a crise, é preciso ver que não há crise política, porque o governo tem maioria parlamentar. Também não há crise econômica, à medida em que não temos desemprego e o País segue trabalhando normalmente. O grave é a crise institucional, por isso temos de ter cuidado para não romper a estabilidade institucional tão duramente conquistada e que perdura já há 27 anos, a partir de 5 de outubro de 1988, quando inauguramos a nova Constituição.
Segundo Temer, o governo "sabe e precisa conviver com a contestação da oposição, mas dentro dos limites da democracia", lembrou.
- A eleição já passou. A presidenta Dilma ganhou por 3,5 milhões de votos e esse resultado é o que vale. A oposição tem de trabalhar dentro desse parâmetro. Um mal do Brasil, especialmente nos municípios, é que quem perde nunca quer deixar quem ganhou governar, mas o resultado tem de ser respeitado. Sem oposição, teríamos um regime totalitário, mas a democracia, por outro lado, exige que a oposição respeite as regras da própria democracia.
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