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      Temer racha PSDB e disputa com Meirelles a vaga de candidato da elite

      Embora tenha contemplado o PSDB em seu ministério, o presidente interino Michel Temer não permitiu que nem José Serra, nem Aécio Neves ou Geraldo Alckmin tivessem peso desproporcional em sua administração; assim, enquanto os três presidenciáveis tucanos se pegarão entre si, o próprio Temer tentará se viabilizar como candidato do grande capital nas eleições presidenciais em 2018; caso não possa concorrer por ser ficha-suja, poderá abrir espaço para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles; enquanto isso, Alckmin abre guerra contra estudantes, Aécio administra seus inquéritos e Serra vai à guerra contra os países bolivarianos

      Temer racha PSDB e disputa com Meirelles a vaga de candidato da elite
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      247 – O PSDB bem que tentou sequestrar a administração interina de Michel Temer. De um lado, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) cobrou do vice o compromisso com o fim da reeleição. De outro, José Serra (PSDB-SP) fez de tudo para ser superministro da área econômica, mas acabou ficando com o Itamaraty. O governador Geraldo Alckmin, que, a princípio, era contra o impeachment, conseguiu exportar seu secretário Alexandre de Moraes de São Paulo para Brasília.

      Temer foi salomônico com os tucanos. Cada um ficou com um naco do estado. Se Serra levou o Itamaraty, Alckmin ficou com a Justiça e Aécio indicou o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) para o Ministério das Cidades.

      Nenhum dos três, porém, terá protagonismo para construir candidaturas presidenciais sólidas. E todos têm problemas para administrar. Alckmin é hoje o político mais rejeitado pela juventude brasileira – o que praticamente inviabiliza um projeto presidencial. Aécio, mesmo contando com simpatias em tribunais superiores, ainda tem seus inquéritos para administrar. E a Serra relegado ao papel de desconstruir as alianças diplomáticas do Brasil na América Latina.

      Nomes do establishment

      Assim, restam dois nomes como principais representantes do establishment na disputa presidencial de 2018. O primeiro, o do próprio interino Michel Temer, que só poderá salvar sua biografia, depois do golpe parlamentar de 2016, com uma vitória nas urnas. Para isso, seu governo teria que se tornar um estrondoso sucesso – o que, hoje, parece improvável.

      Além disso, Temer foi recentemente condenado em segunda instância num processo eleitoral, o que o torna ficha-suja e, portanto, inelegível.

      Com isso, abre-se espaço para que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, venha a desfilar nessa avenida. No entanto, para que ele se torne um candidato viável, terá antes que reverter problemas sérios como a recessão e o desemprego. E ainda convencer a sociedade de que suas medidas impopulares, como aumento de impostos e da idade mínima da aposentadoria, são necessárias.

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