Temer sinaliza ser contra candidatura de Cunha
Apesar de não dizer diretamente, vice-presidente da República afirma em entrevista estar tranquilo quanto à solidez da base do governo no Congresso em 2015, mesmo se o correligionário Eduardo Cunha (RJ) assumir a presidência da Câmara; "Ele não será problema, porque, acima dele, de mim e dos partidos está a Constituição, que diz que os poderes são independentes e harmônicos entre si. Haverá questões, mas estamos aqui para dialogar", disse; Michel Temer se encontrou nesta segunda-feira com o ex-presidente Lula
247 – Apesar de não dizer com todas as letras, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), sinalizou ser contra a candidatura do deputado Eduardo Cunha, também do PMDB, a presidente da Câmara em 2015. Em entrevista ao jornal Brasil Econômico, ele declarou estar tranquilo quanto à solidez da base de apoio no Congresso ano que vem, mesmo que Cunha assuma o comando da Câmara.
"Ele não será problema porque acima dele, de mim e dos partidos está a Constituição Federal, que diz que os poderes são independentes e harmônicos entre si. Independência não significa colocar um Poder contra o outro", disse Temer. De acordo com acordo firmado no início do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, PT e PMDB devem se revezar na presidência da Casa, dirigida atualmente por Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Questionado se considerava Cunha um bom nome, Temer respondeu: "Não quero entrar em considerações sobre nomes. Não quero que digam que o vice-presidente é por esse ou aquele". Lembrado que o deputado vem "causando problemas" para o governo Dilma nas discussões da Câmara, ele ressaltou que "o governo não perdeu nenhuma votação, salvo um embaraço que houve na discussão do Código Florestal, mas que depois houve uma harmonização".
Michel Temer afirmou ainda que hoje só é possível governar porque o PMDB apoia o governo. Segundo ele, a candidatura própria à presidência pelo partido é algo que se resiste mais a evitar. "Quando o PMDB não teve candidatura própria, assegurou a governabilidade. Hoje é possível governar porque o PMDB apoia o governo. Se não apoiasse, criaria um problema", disse. Segundo ele, "há um anseio no partido de termos uma candidatura em 2018".
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