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Poder

Tensão política pode agravar crise econômica

"Renan Calheiros e Eduardo Cunha não são réus. Por ora são apenas suspeitos. Nada impede que continuem em seus cargos, embora vá aparecer em breve uma campanha para que renunciem. Em tais cargos, têm poder para ditar a agenda legislativa. Se a relação PMDB/PT piorar, eles podem criar severas dificuldades para o governo, frustrando o ajuste fiscal não apenas com a rejeição de medidas mas aprovando projetos populistas que criam despesas, ampliando o descontrole das contas públicas", diz a colunista Tereza Cruvinel; "ou seja, a crise política agora começa a dar as mãos às dificuldades econômicas para nos levar ao pior dos mundos"

"Renan Calheiros e Eduardo Cunha não são réus. Por ora são apenas suspeitos. Nada impede que continuem em seus cargos, embora vá aparecer em breve uma campanha para que renunciem. Em tais cargos, têm poder para ditar a agenda legislativa. Se a relação PMDB/PT piorar, eles podem criar severas dificuldades para o governo, frustrando o ajuste fiscal não apenas com a rejeição de medidas mas aprovando projetos populistas que criam despesas, ampliando o descontrole das contas públicas", diz a colunista Tereza Cruvinel; "ou seja, a crise política agora começa a dar as mãos às dificuldades econômicas para nos levar ao pior dos mundos" (Foto: Leonardo Attuch)
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Por Tereza Cruvinel

Agora não tem mais boato nem especulação.  A caixa de Pandora foi aberta e dela voaram maldições para quase todo o espectro político-partidário. Agora o que importa é saber para onde irá este país com a economia constipada e o Parlamento cravejado de denúncias, a começar pelos presidentes de suas duas casas.

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Tudo vai depender muito de como os investigados vão se comportar no desespero. Se prevalecer algum acordo tácito de defesa mútua, poderemos ter alguma estabilização no Congresso, enquanto os inquéritos correm, o que deve levar um ano, segundo o ministro Marco Aurélio Mello.  Se partirem para a troca de acusações, um acusando o outro de ser mais sujo, se resolverem fazer acertos de conta ou caírem em surtos paranoicos, como o de Renan Calheiros achando que o Planalto empurrou seu nome para as lista, as coisas ficarão piores para todo mundo.

Aliás, a divulgação de toda a lista, mesmo dos nomes que não têm a prerrogativa do foro especial do STF, foi decidida por Zavascki, em sintonia com Janot, para fumigar com a verdade a boataria. Viu-se que Dilma não teve pedido de investigação nenhum arquivado. E vê-se que a situação de Renan é tão complicada que ninguém poderia, só para enfraquecer o Congresso, empurrar seu nome para dentro da lista. Ele será investigado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, em um inquérito, e apenas pelos dois primeiros crimes em outras duas investigações. Eduardo Cunha será investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Para não ficar só no PMDB, pelos mesmos crimes serão  investigados a senadora Gleisi Hoffmann, ex-ministra da Casa Civil, nome mais notável do PT na lista de Janot, e o senador Antonio Anastaria, do PSDB.

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Os 34 parlamentares dos seis partidos atingidos  devem estar recordando o julgamento da ação penal 470 e imaginando o que lhes pode acontecer. Têm motivos de sobra para se inquietar. Políticos acuados são perigosos.  Renan e Cunha não são réus. Por ora são apenas suspeitos. Nada impede que continuem em seus cargos, embora vá aparecer em breve uma campanha para que renunciem. Em tais cargos, têm poder para ditar a agenda legislativa. Se a relação PMDB/PT piorar, eles podem criar severas dificuldades para o governo, frustrando o ajuste fiscal não apenas com a rejeição de medidas mas aprovando projetos populistas que criam despesas, ampliando o descontrole das contas públicas.

Ou seja, a crise política agora começa a dar as mãos às dificuldades econômicas para nos levar ao pior dos mundos.

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