Terceiro turno em Brasília?
Testemunha usada no programa eleitoral de Roriz, em 2010, tenta agora incriminar o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz
247 – Vai esquentar, no Distrito Federal, o debate sobre a tentativa de um terceiro turno na eleição de 2010. Naquela disputa, Weslian Roriz, do PSC e esposa de Joaquim Roriz, foi derrotada pelo atual governador Agnelo Queiroz, do PT. Um dos pontos altos da disputa foi a exibição de um vídeo, no dia 26 de outubro do ano passado, em que o motorista Geraldo Nascimento dizia ter entregue R$ 256 mil ao ex-ministro dos Esportes. À época, a campanha de Agnelo sustentou que Nascimento foi pago para acusá-lo.
Nesta semana, na esteira das denúncias que derrubaram o ministro Orlando Silva, sucessor de Agnelo nos Esportes, Nascimento volta à carga. Seu vídeo ancora uma reportagem de capa da revista Istoé sobre o que seria o “esquema Agnelo”. De acordo com Nascimento, o policial João Dias, que denunciou Orlando Silva, seria como “um filho” para o governador do Distrito Federal, que tem sofrido uma espécie de maldição política nos últimos anos. Um governador, José Roberto Arruda, foi cassado; um vice, Paulo Octavio, renunciou; um senador e ex-governador, Joaquim Roriz, perdeu o mandato; e até um senador tido como inatacável, Cristovam Buarque, foi condenado por improbidade.
A denúncia de Geraldo Nascimento já repercute nos blogs que fazem oposição ao governo do Distrito Federal, como o do jornalista Edson Sombra, que já teve ligações com o senador Luiz Estevão, condenado, nesta semana, a devolver recursos desviados na obra do Tribunal Regional do Trabalho, de São Paulo, e o Quidnovi, do jornalista Mino Pedrosa. De acordo com o governo do Distrito Federal, o que se busca agora em Brasília, que tem o maior orçamento per capita do País, é justamente o terceiro turno das eleições de 2010. Será?
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