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Termina o governo Lula. Começa o governo Dilma

Demisso de Antonio Palocci e nomeao de Gleisi Hoffmann marcam a emancipao de Dilma em relao a Lula; foco da nova ministra ser a gesto, e no a articulao poltica

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Rodolfo Borges_247, de Brasília – “Dilma quer gestão”, resumiu a nova ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que assume nesta quarta-feira o cargo deixado por Antonio Palocci. E, assim, começou o governo Dilma Rousseff. A queda de Palocci, o ministro político que Dilma Rousseff já tinha decidido demitir no último domingo, jogou no colo da presidente a oportunidade de empossar uma ministra com seu perfil, técnico, no cargo que a própria Dilma ocupara no segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, e equilibrar as forças dentro do Palácio do Planalto. “Sei da minha responsabilidade. Aceitei esse convite sabendo do tamanho dessa responsabilidade”, disse a nova ministra, que será empossada às 16h desta quarta-feira.

Enquanto senadora, Gleisi se notabilizou por defender o governo Dilma e seus membros em toda e qualquer oportunidade que os parlamentares da oposição fizeram críticas à gestão petista. Os contra-ataques mesmo às críticas mais brandas valeram à senadora o apelido de “trator” entre os oposicionistas, apesar de seu aspecto delicado. O nome novo no alto escalão do governo ajuda a descolar a imagem de Dilma da do ex-presidente Lula, cuja atuação na atual gestão já vinha incomodando a presidente. Na busca por sua própria Dilma, a presidente dispensou nomes como o da diretora da Petrobras Graça Foster, mas manteve a opção por uma ministra de perfil técnico.

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A curitibana Gleisi Hoffmann ganhou notoriedade ao se tornar a primeira mulher a atuar como diretora de Itaipu Binacional, em 2003. Gleisi atuou como diretoria financeira da hidrelétrica durante pouco mais de três anos, quando deixou o cargo para disputar as eleições do Senado pela primeira vez, sem sucesso. A nova ministra considera Itaipu a melhor experiência profissional de sua vida. Responsável por um orçamento anual de US$ 3 bilhões, a então diretora participou da remodelação do sistema financeiro da empresa, implantando um sistema de gestão integrado com o Paraguai.

Enquanto gestora, a ministra também deixou um legado importante na área de saúde, ampliando o atendimento do Hospital Ministro Costa Cavalcanti para a comunidade local (ele havia sido construído para atender aos trabalhadores durante a construção da barragem), e na luta contra a prostituição infantil. Gleisi também instalou uma política de igualdade de gêneros na hidrelétrica e interagiu com a então ministra de Minas e Energia Dilma Rousseff. As duas já se conheciam desde a equipe de transição do primeiro governo Lula.

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Gleisi Hoffmann está com 45 anos e é filiada ao PT desde 1989. Mulher do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, é formada em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba e especialista em Gestão de Organizações Públicas e Administração Financeira. Também atuou como secretária de Reestruturação Administrativa do Mato Grosso do Sul e secretária de Gestão Pública de Londrina. Um perfil gerencial que se adequa ao que Dilma quer da Casa Civil, segundo a própria Gleisi.

Durante o anúncio de sua nomeação à imprensa, a nova ministra fez questão de “fazer uma deferência especial” a Antonio Palocci. “É uma pena perder o ministro Palocci neste governo, pela qualidade que ele tem. Pude acompanhá-lo desde a transição do presidente Lula. Ele foi muito importante para o projeto de transformação deste país”, disse. O anúncio foi acompanhado por diversos senadores petistas, entre eles Marta Suplicy (SP), Paulo Paim (RS) e Lindberg Farias (RJ). “O desafio é muito grande. Vou me dedicar muito para entregar a ela (Dilma) o produto do meu trabalho. O compromisso com a presidenta é um compromisso com o meu país”, disse a nova ministra.

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